quinta-feira, 19 de outubro de 2023

 

Da “Disponibilidade Sustentável  

VARGAS, P. S. R

  

O termo “Disponibilidade Sustentável”, refere-se à capacidade de manter em certo recurso ou serviço, de forma contínua e duradoura, sem prejudicar o meio ambiente ou esgotar os recursos naturais. Isso implica em encontrar maneiras de satisfazer as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas próprias necessidades.  

A disponibilidade sustentável é um conceito fundamental no contexto da sustentabilidade ambiental e econômica. Ele se aplica a uma ampla gama de áreas, desde a gestão de recursos naturais, como água e energia, até práticas agrícolas e industriais.  

Alguns exemplos de disponibilidade sustentável incluem:  

Gestão Sustentável de Recursos Naturais: Isso envolve a utilização de técnicas que garantem que os recursos naturais sejam colhidos ou usados de forma a permitir sua regeneração ou renovação. Por exemplo, a pesca sustentável visa garantir que o número de peixes capturados não exceda a capacidade de reprodução da população.  

Energia Sustentável: Refere-se à produção e uso de energia de maneira que minimize os impactos ambientais. Isso pode incluir a transição para fontes de energia renovável, como solar, eólica e hidrelétrica.  


Agricultura Sustentável: Envolvendo práticas agrícolas que preservam a fertilidade do solo, promovem a biodiversidade e minimizam a utilização de produtos químicos nocivos.  


Desenvolvimento Urbano Sustentável: Isso envolve o planejamento e a construção de cidades de maneira que sejam eficientes em termos de recursos, com espaços verdes, sistemas de transporte eficazes e acesso a serviços básicos.  


Economia Sustentável: Envolve a promoção de práticas econômicas que equilibram o crescimento econômico com a conservação de recursos e a proteção do meio ambiente.  


Consumo Responsável: Envolve escolhas conscientes dos consumidores para minimizar o desperdício, escolher produtos sustentáveis e apoiar empresas que adotam práticas sustentáveis.  


Gestão de Resíduos Sustentável: Inclui a redução, reutilização e reciclagem de resíduos para minimizar o impacto no meio ambiente.  


Promover a disponibilidade sustentável é crucial para enfrentar desafios ambientais globais, como a mudança climática, a perda de biodiversidade e a escassez de recursos. Essa abordagem visa garantir que as gerações futuras tenham acesso aos mesmos recursos e oportunidades que temos hoje.  

  

Da “Mobilidade Urbana” diz-se da forma como as pessoas se deslocam dentro de áreas urbanas, como cidades e regiões metropolitanas. Isso engloba os meios de transporte utilizados para se locomover, bem como a infraestrutura que facilita esses deslocamentos.  

A mobilidade urbana é um tema de grande importância em áreas urbanizadas, pois afeta diretamente a qualidade de vida, a eficiência econômica e o meio ambiente. Algumas questões chave relacionadas à mobilidade urbana incluem:  


Transporte Público: Inclui ônibus, metrôs, trens e outros meios de transporte coletivo. Um sistema de transporte público eficiente é essencial para reduzir o congestionamento nas ruas, minimizar a poluição e proporcionar acesso fácil e acessível a todas as partes da cidade.  

Ciclovias e Faixas para Pedestres: A promoção de infraestrutura amigável para ciclistas e pedestres é uma parte importante da mobilidade urbana sustentável. Isso não apenas reduz a dependência de carros, mas também promove um estilo de vida mais ativo e saudável.  


Gestão de Tráfego e Planejamento Urbano: Envolve o desenho eficiente das vias, a organização dos semáforos, a implantação de zonas de tráfego restrito e outras medidas para otimizar o fluxo de veículos e garantir a segurança dos pedestres.  


Transporte Compartilhado e Alternativo: Inclui iniciativas como caronas, compartilhamento de bicicletas, carros elétricos e outros meios de transporte sustentáveis que visam reduzir a dependência de veículos particulares.  


Desenvolvimento Orientado para o Transporte Público: Esse conceito envolve o planejamento urbano de modo a incentivar a construção de moradias, comércios e serviços próximos a estações de transporte público, facilitando o acesso e reduzindo a necessidade de viagens longas.  


Tecnologia e Inovação na Mobilidade: A integração de tecnologias como aplicativos de transporte, sistemas de informação ao viajante em tempo real e soluções de pagamento eletrônico pode melhorar significativamente a experiência dos usuários e a eficiência dos sistemas de transporte urbano.  


Sustentabilidade Ambiental: A mobilidade urbana também está ligada à sustentabilidade ambiental. A promoção de meios de transporte mais limpos, como veículos elétricos e transporte público movido a energia limpa, é crucial para reduzir a poluição e a emissão de gases de efeito estufa.  


A melhoria da mobilidade urbana é essencial para criar cidades mais acessíveis, eficientes e sustentáveis. Isso contribui para a qualidade de vida dos habitantes urbanos e para a redução dos impactos ambientais negativos associados ao transporte.  

  

Vamos expandir um pouco mais sobre o tema, mencionando as “Cidades Responsivas”, o que a nosso ver, é um complemento do artigo ora visto:  


Além dos aspectos mencionados anteriormente, a mobilidade urbana também está profundamente ligada a questões sociais, econômicas e ambientais. Aqui estão alguns pontos adicionais a considerar:  


Acessibilidade para Todos: Uma mobilidade urbana eficaz deve garantir que todas as pessoas, incluindo idosos, crianças, pessoas com deficiência e aqueles que não têm acesso a veículos motorizados, possam se deslocar com facilidade e segurança na cidade. 

 

Redução do Congestionamento: Uma gestão eficaz da mobilidade urbana busca reduzir o congestionamento do tráfego, o que não apenas economiza tempo para os cidadãos, mas também reduz a poluição e os impactos negativos sobre a saúde.  


Desenvolvimento Sustentável: Uma mobilidade urbana bem planejada pode ajudar a promover o desenvolvimento econômico e social de uma cidade. Ela permite que as pessoas acessem empregos, educação e serviços essenciais de forma mais eficaz. 

 

Segurança Viária: A mobilidade urbana envolve garantir a segurança de todos os usuários das vias, incluindo pedestres, ciclistas e motoristas. Isso pode ser alcançado através do design de vias seguras, regulamentações de trânsito e conscientização pública.  


Impacto Ambiental e Saúde Pública: O tipo de transporte utilizado nas cidades tem um grande impacto no meio ambiente e na saúde pública. A promoção de formas de transporte mais limpas, como transporte público eficiente e modos ativos (como caminhar e andar de bicicleta), ajuda a reduzir a poluição do ar e as emissões de carbono.  


Inclusão Social e Econômica: Uma mobilidade urbana eficaz pode abrir oportunidades para pessoas de diversas origens socioeconômicas. Isso significa fornecer acesso a empregos, educação, saúde e outros serviços essenciais para todos os membros da comunidade.  


Planejamento Participativo: Um bom planejamento da mobilidade urbana envolve a participação ativa dos cidadãos, das organizações da sociedade civil e dos setores público e privado. Isso garante que as necessidades e desejos da população sejam considerados.  


Em resumo, a mobilidade urbana vai além dos meios de transporte e inclui uma abordagem holística para criar cidades mais acessíveis, eficientes, inclusivas e sustentáveis. Ela aborda uma ampla gama de questões interconectadas que afetam diretamente a vida das pessoas nas áreas urbanas.  

  

E, para completar o raciocínio definitivamente, o que dizer das "Cidades Responsivas": é um conceito que se refere a cidades que têm a capacidade de se adaptar e responder de forma ágil e eficaz às necessidades e demandas em constante evolução dos seus habitantes. Essa abordagem se baseia na utilização de tecnologia e na coleta de dados para melhorar a qualidade de vida, a eficiência dos serviços urbanos e a gestão urbana como um todo.  

Aqui estão alguns aspectos importantes das Cidades Responsivas:  

 

Tecnologia e Inovação: As cidades responsivas fazem uso de avanços tecnológicos para melhorar a prestação de serviços urbanos, otimizar o uso de recursos e promover a sustentabilidade. Isso inclui a implementação de sistemas inteligentes de transporte, sensores urbanos, IoT (Internet das Coisas (Artigo da Wikipédia) e soluções de gestão de dados.  


Coleta e Análise de Dados: A coleta e análise de dados são fundamentais para entender as necessidades dos habitantes, identificar padrões e tendências, e tomar decisões informadas sobre o planejamento urbano e a prestação de serviços.  


Participação Cidadã: As cidades responsivas promovem a participação ativa dos cidadãos no processo de tomada de decisões. Isso pode ser feito por meio de plataformas digitais, consultas públicas e mecanismos de feedback.  


Eficiência Operacional: A utilização de tecnologia permite a automação e a otimização de processos urbanos, resultando em uma gestão mais eficiente de recursos como energia, água, transporte e resíduos.  


Mobilidade Inteligente: As cidades responsivas buscam melhorar a mobilidade urbana por meio da integração de sistemas de transporte, oferta de informações em tempo real, promoção de modos de transporte sustentáveis e redução do congestionamento.  


Resiliência Urbana: Cidades responsivas também são capazes de se adaptar a desafios e eventos adversos, como desastres naturais ou crises de saúde pública. Isso envolve a implementação de planos de emergência e a capacidade de mobilizar recursos rapidamente.  

Sustentabilidade Ambiental: A utilização de tecnologia para monitorar e reduzir os impactos ambientais é uma parte essencial da abordagem de cidades responsivas. Isso pode incluir a gestão eficaz de resíduos, a promoção de energias renováveis e a preservação de espaços verdes.  


Acessibilidade e Inclusão: As cidades responsivas buscam garantir que todos os habitantes, independentemente de idade, habilidade ou condição socioeconômica, tenham acesso igualitário a serviços e espaços urbanos.  


Ao adotar uma abordagem responsiva, as cidades buscam criar ambientes urbanos mais adaptáveis, eficientes, sustentáveis e inclusivos para todos os seus habitantes. Essa é uma resposta às crescentes complexidades e desafios que as áreas urbanas enfrentam no século XXI.  

  

Logo, desde a primeira questão e em qualquer dos temas pode-se englobar: "Desenvolvimento Sustentável", "Mobilidade Urbana" e "Cidades Responsivas", pois, certamente!  Os conceitos de "Desenvolvimento Sustentável", "Mobilidade Urbana" e "Cidades Responsivas" em um texto conclusivo que destaque a interconexão e a importância desses elementos para criar cidades mais equitativas, eficientes e sustentáveis. Veja-se, então, um exemplo de como você pode fazer isso:  


"Em um mundo em constante transformação, o conceito de desenvolvimento sustentável tornou-se o alicerce sobre o qual as cidades do futuro estão sendo construídas. A chave para esse avanço reside na promoção da mobilidade urbana, um pilar fundamental que não apenas reduz a pressão sobre os recursos naturais, mas também melhora a qualidade de vida dos cidadãos. Combinado com a implementação de cidades responsivas, que aproveitam a tecnologia para se adaptar dinamicamente às necessidades da população, estamos diante de uma revolução urbanística sem precedentes.  


A mobilidade urbana eficaz não é apenas uma questão de conveniência, mas um componente crítico do desenvolvimento sustentável. Ela não apenas reduz as emissões de carbono, mas também desafoga o congestionamento, promovendo um ambiente urbano mais saudável e habitável. Além disso, ao integrar sistemas de transporte eficientes e sustentáveis, promovemos uma economia mais forte e resiliente.  


As cidades responsivas, por sua vez, desempenham um papel vital na concretização desse cenário. Ao fazer uso da tecnologia e da coleta de dados, elas têm a capacidade de se adaptar rapidamente às necessidades em constante evolução dos cidadãos. Isso se traduz em uma gestão urbana mais eficiente, que não só otimiza o uso de recursos, mas também fomenta a inovação e a inclusão social.  


Em síntese, a integração bem-sucedida do desenvolvimento sustentável, mobilidade urbana e cidades responsivas é o alicerce para as cidades do futuro. Ao promover soluções inovadoras e equitativas, estamos construindo ambientes urbanos que não apenas prosperam no presente, mas que também asseguram um legado sustentável para as gerações vindouras." 

quinta-feira, 9 de março de 2023

CURSO DE GRADUAÇÃO BRACHARELADO EM DIREITO VARGAS DIGITADOR - vargasdigitador.blogspot.com - digitadorvargas@outlook.com / paulonattvargas@gmail.com

 

CURSO DE GRADUAÇÃO BRACHARELADO EM DIREITO

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digitadorvargas@outlook.com / paulonattvargas@gmail.com

 

INTERSUJETIVIDADE COMPETITIVA

ÉTICA ANTROPOCÊNTRICA – UMA VISÃO CRÍTICA

 

                                                                      EPÍGRAFE

 

                                                                          (Produzir e ser)

 

                                                                           (...) Pode-se distinguir os homens

                                                                    dos animais pela consciência, pela     

                                                                            religião ou por tudo que se queira.

                                                              Mas, eles próprios começam a se  

                                                                              diferenciar dos animais tão logo

                                                                 começam a produzir seus meios de       

                                                                   vida, passo este que é condicionado  

                                                                                   por sua organização corporal.  

                                                          Produzindo seus meios de vida,

                                                  os homens produzem indiretamente, sua própria

                                                         vida material.

 

O modo pelo qual os homens produzem seus meios

de vida depende, antes de tudo, da natureza dos

meios de vida já encontrados e que têm de reproduzir.

Não se deve considerar tal modo de produção de um único

ponto de vista, a saber: a reprodução da existência física dos

indivíduos.

 

Trata-se, muito mais, de uma

determinada forma de atividades

dos indivíduos, determinada forma de

manifestar a sua vida,

determinado modo de vida dos mesmos.

 

Tal como os indivíduos manifestam sua vida, assim são eles.

O que eles são coincide, portanto, com sua produção, tanto com

 o que produzem como com o modo como produzem. O que

os indivíduos são, portanto, depende das condições materiais

de sua produção.

MARX, Karl. Ideologia alemã.

São Paulo, Hucitec, 1984, p. 27.

 

Bom Jesus do Itabapoana/RJ

Junho - 2016

 

RESUMO

O foco do trabalho é, inicialmente, direcionado à Ética profissional e jurídica tão decantada desde o primeiro dia do primeiro período do Curso de Direito, contudo, não aplicada em segmentos tão necessários, principalmente em se tratando de recursos humanos em prol da defesa da dignidade humana. É trazido à luz da verdade, vários artifícios utilizados, tanto de forma casual, inocente, desconcentrados, como outros tantos produzidos, maquinados, em busca da vitória profissional, mais do que em busca da verdade e da justiça tão simetricamente discursada.

A pretensão é trazer um alerta para os profissionais não só do Direito, quanto de todas as demais profissões. Enfim, a Ética em suas inimagináveis versões (que não deveria haver), no decorrer do caminho escolhido.

Palavras-Chave: Dignidade. Ética. Moral. Caráter. Verdade.

Prefácio

“Heterogeneidade coerente. No corpo

humano, a integração e a evolução deixam muito

pouca liberdade para as partes. A Consciência só

existe nas partes, enquanto que no todo, a

Consciência só existe no todo”.

PROLEGÔMENOS

A Banca examinadora e os leitores, amigos, os colegas, professores e dirigentes que expectantes aguardam uma abordagem neste trabalho, de um acompanhamento das lei que regem o Estatuto da Advocacia e da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, a Lei n. 8.906, de 04-07-1994, as quais acompanham o Código de ´Tica e Disciplina, podem se sentir “confusos” ou decepcionados com as ideias aqui abordadas, que fogem um tanto das Leis Jurídicas que todos conhecemos, pelo menos, temos a obrigação de poder flutuar, surfar sobre estas, após todo o tempo passado, debruçados no espaço dos últimos 5 anos, praticamente respirando e alimentando somente do que nos deu de ração, a nomenclatura de nossa Carta Magna. Porém, é também gratificante, termos uma conscientização mais ampla do que o conhecimento aplicado, só para não passar em brando, das regras Deontológicas Fundamentais, em seu Capítulo I, Título I. Da Ética do Advogado. Alargando já, por extensão no próximo segmento, aqui, o artigo 49, encontrada lá no Título II. Do Processo Disciplinar. Capítulo I – Da Competência do Tribunal de Ética e Disciplina que nos orienta.

Art. 49. “O Tribunal de Ética e Disciplina é competente para orientar e aconselhar sobre ética profissional, respondendo as consultas em tese, e julgar os processos disciplinares”, contudo, daqui não compete mais a este trabalho as citações de artigos e normas jurídicas, sem ter que adentrar nos trabalhos referentes à legislação.

Para se fazer entender com mais precisão, o autor traz elementos do próprio Código de Ética do Advogado. Título I do Livro, mais especificamente no Capitulo I, art. 1º, que diz: “O exercício da advocacia exige conduta compatível com os preceitos deste Código, do Estatuto, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com os demais princípios da moral individual, social e profissional”. E, em seu art. 2º - “O advogado, indispensável à administração da Justiça, e defensor do Estado Democrático de Direito, da Cidadania, da MORALIDADE PÚBLICA DA JUSTIÇA E DA PAZ SOCIAL, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. Vejamos o parágrafo único e, alguns incisos:

I – preservar em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de essencialidade indispensabilidade;

II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé;

III – velar por sua reputação pessoal e profissional;

IV – empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e profissional;

V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do direito e das leis;

VI – abster-se de: c) vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente duvidoso.

A partir desta alínea, começa-se a duvidar da ética, não somente dos colegas advogados, mas da humanidade. A Bíblia diz: “Na dúvida, abstenha-se”. Contudo, é justamente aqui que entra o antropocentrismo antiético. A lei do “cada um por si”.

As Leis Trabalhistas têm proteções para determinadas profissões, v.g., um digitador, que deve ter um período de descanso de 15 minutos para cada hora e meia de produção a fim de proteger as digressões físicas, tanto como para garantir a mesma produção de seu trabalho sem trauma, logicamente garantindo o ganho do patrão e a própria qualificação do trabalho.

Não se vê, em todo o estudo, um “time” mental/intelectual para a profissão de um juiz, que exige tanto da ética jurídica, o que seria uma garantia de melhor resultado, certamente com mais eficácia tanto no que concerne a tempo quanto à qualidade de resultados, come menor fator de erro decisório. O acúmulo de processos no país obriga aos magistrados, defensores públicos, promotores, como fossem professores primários, levarem trabalho para completar em casa. Pensar na hora de descanso, como se estivessem corrigindo provas, com a diferença da facilidade destes terem um gabarito para suas provas, o que, obviamente, não acontece com aqueles já que, na maioria dos processos não existem tantas analogias o que traz aos erros cada vez menos raros, tanto ao maior o número de processos acumulados, quanto à falta de contingente apto à lide.

Essas situações rapidamente apontadas não levam a qualquer solução, contudo, espera-se que com o desenvolvimento deste trabalho, despretensiosamente, consiga-se iluminar, se não a atuação jurídica, além dos anseios, à reconstrução dos estudos éticos, a partir dos primeiros legisladores filósofos, que já há mais de dois mil anos se deparavam com os mesmos problemas, e, haja vista a diferença de tecnologia e evolução de pensamentos, a população era infinitamente menor, presumivelmente com problemas bem diferenciados, mas sempre em busca de um mundo mais ético, buscando solução para cada tipo de problema, menos rebuscados do que os atuais.

Trabalho CONEPE – 16/09/2022 – VARGAS, Paulo S.R. – No dia-a-dia, há de se encontrar extensões que se acrescentam ao conhecimento alhures comentado, complementando a ideia da “Antiética” que não deveria haver (Nota do Autor)


Desenvolvimento, ConflitoS Socioambientais e Política Pública, SENSO INCOMUM

 

Você sabe o significado de gaslighting jurídico? Lenio Luiz Streck (Revista Consultor Jurídico, 15 de setembro de 2022), nos dá o conceito, aliás, não é novidade, está em várias enciclopédias espalhadas pelo mundo a fora, trata-se de uma forma de abuso psicológico em que informações são manipuladas, distorcidas, ignoradas ou inventadas, fazendo com que uma pessoa seja capaz de duvidar de sua própria sanidade, percepção, memória. Este é um conceito usual. Existem vários tipos de gaslighting, v.g., o gaslighting médico. O paciente conta seus sintomas e o médico ignora. Pior: não pede exames. Descuida. Induz o paciente a erro. Resultado: a piora ou a morte do infeliz. Pois o gaslighting jurídico seria como a angústia. É aquele aperto no peito do advogado. Pense assim: O causídico ingressa com ação. Cita, na forma do art.489 do CPC (ou, repetindo o exemplo de Luiz Streck, o art. 315 do CPP) um precedente ou súmula que lhe dá razão. É um elemento objetivo a seu favor. Pela lei, cabe ao juiz dizer que ele não tem razão (inciso VI). Todavia, quando o judiciário ignora os “sintomas”, ignora o que foi alegado. O advogado ingressa com embargos (com um paciente que mostra caroços no seu corpo) dizendo que houve omissão etc. E aí, vem a decisão: “nada há a esclarecer”. Ou “a parte deseja rediscutir o mérito”. Ou “o juiz tem livre convencimento e por isso não necessita responder aos argumentos da parte, se já está convencido do resultado” (Tema 339 do STF). O gaslighting jurídico também pode ser detectado, ou sentido, quando a decisão possui erro crasso (digamos, assim, um desacordo empírico que qualquer leigo detectaria) e o causídico ingressa com embargos de declaração. Na medicina seria algo como o paciente chegar com pressão alta, taquicardia, tossindo e o esculápio não fazer as medições e receitar paracetamol. Um piloto automobilístico morreu no RS recentemente. Ficou três horas esperando no hospital. Tudo indicava fraturas internas. O gaslighting médico o matou. Gaslighting jurídico aniquila todos os direitos. Estou lembrando aqui do assunto “CPI da Covid”, outro gaslighting que ninguém seguiu “o protocolo”, apesar das mortes que apontavam diretamente para o desgoverno genocida, que alegou, simplesmente não ser coveiro ou Deus, mas deixou ao abandono milhões de brasileiros. Gaslighting sócioambientalista. A manipulação do sistema. Enquanto olham para o outro lado, “vamos aproveitar para passar a boiada”. Foi mostrada na mídia. Mas “ninguém viu”!. Ainda assim:  quantos "morreram" nesses anos? De 2018 até agora? A manipulação dos sintomas. Gaslighting jurídico é a manipulação do próprio direito para dizer que não se tem direitos. O jus gaslighting mata direitos (por vezes, tira vidas), e o direito, por ser também coisa séria, deveria criar mecanismos para vedar a prática. Segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, 33 milhões de pessoas passam fome no Brasil, tendo crescido 57% o índice de famílias. A volta da fome no Brasil reflete o desgoverno que vivemos. Um escândalo de desigualdade, tendo em vista que somos um dos maiores exportadores de produtos agrícolas. Milton Rondó noticiou em 09/06/22 em Carta Capital: Somos o único país do mundo a sair e depois retornar àquela situação de flagelo. O absurdo reflete o desgoverno que vivemos, em que empresas públicas que geravam emprego e renda são vendidas a preços totalmente subavaliados. Na verdade, quando refletimos, nos damos conta de que estamos aqui para nos complementarmos, não oprimirmos ou eliminarmos. A violência é a exceção disfuncional de uma sociedade humana claramente concebida para a cooperação. Crise, caos e desgoverno no Brasil: uma visão perturbadora do futuro do país. De acordo com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), a atual população indígena do Brasil é de aproximadamente 818.000 indivíduos, representando 0,4% da população brasileira. Vivendo em aldeias somam 503.000 indígenas. Há, contudo, estimativas de que existam 315 mil vivendo fora das terras indígenas, inclusive em áreas urbanas. A população indígena no País vem aumentando de forma contínua, a uma taxa de crescimento de 3,5% ao ano. Esse número tende a crescer devido à continuidade dos esforços de proteção dos índios brasileiros, queda dos índices de mortalidade, em razão da melhora na prestação de serviços de saúde, e de taxas de natalidade superiores à média nacional. Existe cerca de 53 grupos ainda não contatados, além daqueles que esperam reconhecimento de sua condição indígena junto ao órgão federal indigenista FUNAI. Cerca de 60% dos índios do Brasil vive na região designada como Amazônia Legal, mas registra-se a presença de grupos indígenas em praticamente todas as Unidades da Federação. Somente nos estados do Rio Grande do Norte, Piauí e no Distrito Federal não se registra a presença de grupos indígenas. A Constituição de 1988 realizou um grande esforço no sentido de elaborar um sistema de normas que pudesse efetivamente proteger os direitos e interesses dos índios brasileiros. Representou, ademais, um largo passo à frente na questão indígena, com vários dispositivos nos quais dispõe sobre a propriedade das terras ocupadas por eles, a competência da União para legislar sobre populações indígenas e a preservação de suas línguas, usos, costumes e tradições. Em relação à Amazônia, isto já não é notícia nova:  O Fundo Amazonas é (ou era, a partir daqui tudo é passado), alimentado pelos governos de Alemanha, Noruega e Reino Unido. O governo britânico entregará 62 milhões de libras esterlinas (aproximadamente 81 milhões de euros), com o mesmo esquema de ajuda condicionada a resultados. Desse valor, 43 milhões de libras irão Mato Grosso e Acre, e 19 milhões restantes para programas no Brasil, na Colômbia e Peru, detalhou Kate Hughes, vice-diretora no Departamento de Energia e Mudança Climática. Os anúncios de novas ajudas financeiras aconteceram em um ato do Fundo Amazonas com a participação, pela primeira vez conjuntamente, do governo brasileiro, dos doadores, de governadores, representantes indígenas e de ONGs. O ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, lembrou que os últimos dados de desmatamento indicam uma queda de 16% no período de julho de 2016 a agosto de 2017, após dois anos de crescimento. As ajudas ao Brasil acontecem em meio à polêmica do governo, que anunciou um corte de 43% do orçamento do ministério do Meio Ambiente e teve que voltar atrás. Sarney Filho garantiu citando novos dados recém coletados pelo ministério, que nas áreas de proteção federal na região amazônica, a diminuição do desmatamento foi ainda maior, de 28%, entre julho de 2016 e agosto de 2017. Agora, já voltamos às notícias novas: Alemanha pode seguir Noruega e cortar ajuda a Fundo Amazônia. A Alemanha poderá suspender a ajuda ao Fundo Amazônia se o Brasil não reverter o aumento do desmatamento registrado nos últimos dois anos. "A decisão dos noruegueses foi puramente mecânica: se o desmatamento é maior do que o esperado, as remessas baseadas em performance serão menores. E se o governo brasileiro conseguir cortar o desmatamento, então o pagamento voltará a subir." O representante do governo alemão disse entender que existem pressões contra Temer por parte de influentes lobbies ruralistas, mas ressaltou que políticas ambientais e desenvolvimento sustentável são compatíveis com crescimento econômico. "A crise e os cortes no orçamento trazem uma oportunidade de o Brasil buscar soluções inovadoras no uso de seus recursos naturais", afirmou Sach. Não estamos falando de brancos pobres, não. A maior parte dos indígenas que percebem os conflitos afirma que estes envolvem terra (73%), sobretudo a invasão das terras indígenas (38%) pelos pecuaristas, fazendeiros, arrozeiros e garimpeiros (36%), somente 2% afirmam que os índios invadem terras alheias. Outros 30% falam em conflitos e disputa pela terra, sem necessariamente mencionar invasões, além de 7% que se remetem a conflitos envolvendo a questão da terra, mas dando destaque a política de demarcação. Conflitos envolvendo morte, crimes e violência foram mencionados por 24% dos entrevistados, com 11% de menções a brigas e violência mais brandas e 10% envolvendo morte de indígenas. Referências contrárias de violência dos indígenas contra os brancos foram relatadas por uma parcela bem menor, com 3% remetendo a sequestros, fazendo os brancos como reféns ou bloqueios de estradas, ou ainda a invasão de sedes de órgãos públicos (1%). Conflitos envolvendo o meio ambiente, sobretudo a exploração de recursos naturais como madeira, minérios e petróleo ou desmatamento foram apontadas por 4% dos entrevistados e o direito à manifestações e a reivindicações por infraestrutura, por 3%, ambos. Os indígenas urbanos reconhecem como maior polo de conflito a Região Centro-Oeste (34%), com destaque para o Mato Grosso do Sul (22%), enquanto a maior parte da população brasileira em geral, acredita que os conflitos estão mais presentes na Região Norte 37%, sobretudo no Amazonas e Pará (12%, ambos os Estados). Na Região Centro-Oeste os conflitos são percebidos por apenas 16% da população nacional. Entre os indígenas, a Região Norte é mencionada como centro de conflitos por 24%, destacando-se o Amazonas, Estado com 13% de menções. Na Região Nordeste, mencionada por 21% dos não aldeados, o Ceará é o Estado da região em que mais se destaca (15%) Fonte: Portal FPA.

 

INTRODUÇÃO

 

A confusão que acontece entre as palavras Moral e Ética há muitos séculos. A própria etimologia destes termos gera confusão, sendo que, como nos fala Renan Bardine, Ética vem do grego “ethos” que tem o significado de “modo de ser”, e Moral tem sua origem no latim “mores”, que significa “costumes”.

 

Essa confusão pode ser resolvida com o esclarecimento dos dois temas, sendo que Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas através da educação, pela tradição e pelo dia-a-dia. Durkleim, explicava a Moral como a Ciência dos Costumes, sendo algo anterior à própria sociedade. A Moral tem caráter obrigatório. Já a palavra Ética, Motta (1984), a define como “um conjunto de valores que orienta o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar social”. Ambas, representam a forma como o homem deve se comportar em seu meio social.

 

A Moral sempre existiu, via de regra todo ser humano possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive, surgindo, realmente, desde quando o homem passou a fazer parte de agrupamentos, na formação das sociedades primitivas. A Ética teria surgido com Sócrates, haja vista a obrigatoriedade de um maior grau de cultura. Ela é investigativa e tem como uma das diversas funções, explicar as normais morais, já que leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência (Vasquez – 1998 – apud Renan Bardine), aponta a Ética como teórica e reflexiva, deixando a eminencia prática para a Moral. A Moral é um supletar-se no interrelacionamento, no dizer “uma completa a outra”. Em suma, há um interrelacionamento entre ambas, pois, na ação humana, o conhecer e o agir são indissociáveis.

 

Deve-se, em nome da amizade, guardar silêncio diante do ato de um traidor? Em situações como esta, os indivíduos deparam-se como a necessidade de organizar o seu comportamento por normas que se julgam mais apropriadas ou mais dignas de serem cumpridas. Tais normas são aceitas como obrigatórias, e dessa forma, as pessoas compreendem que têm o dever de agir desta ou daquela forma. Porém, o comportamento é o resultado de normas já estabelecidas, não sendo, então, uma decisão natural, pois todo comportamento sofrerá um julgamento. E a diferença prática, no pensar de Renan Bardine, entre Moral e Ética, é que “esta é a Juíza daquela”, assim, Ética é uma espécie de legislação do comportamento moral das pessoas. Mas a função fundamental é a mesma de toda teoria: explorar, esclarecer ou investigar determinada realidade. E como explicar uma realidade subjetiva?

 

A Moral, afinal, não é somente um ato individual, pois as pessoas são, por natureza, seres sociais, assim, percebe-se que a Moral também é um empreendimento social. E esses atos morais quando realizados por livre participação da pessoa, são aceitas voluntariamente.

 

Assim determina Vasquez (19998) apud Renan Bardine, ao citar a Moral como “sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade”, de tal maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livres e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma forma mecânica, externa e impessoal.

 

Enfim, como ápice do ser huma livre, Ética e Moral significam respeitar e venerar a vida, o que nos direciona ao caráter. O homem, com seu livre arbítrio, vai formando ou destruindo seu meio ambiente. Ele apoia a Mãe Natureza e suas criaturas, ou subjuga tudo que pode dominar, e assim, ele mesmo se torna no bem ou no mal.

 

Segundo o Professor Mario Sérgio Cortella, (UFRJ), a Ética se resume em um conjunto de valores, que eu ou você usa para decidir questões da vida. Essas três palavras são: Quero. Devo. Posso. E nós as digerimos da seguinte forma:

 

“Tem coisas que quero, mas não devo.

Tem coisas que devo, mas não posso.

Tem coisas que posso, mas não quero.”

 

I.               O QUE É A ÉTICA

 

Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética, derivado do grego, significa, literalmente, aquilo que pertence ao caráter. Daí chamar, carinhosamente, o autor, à Ética de filha da Moral com o Caráter.

 

Em um sentido menos filosófico e mais prático pode-se compreender um pouco melhor esse conceito examinando certas condutas no dia a dia, quando se refere v.g., ao comportamento de alguns profissionais, tais como um médico, jornalista, advogado, empresário, a um político e até mesmo a um professor. Para estes casos, é bastante comum ouvir expressões como: ética médica, ética jornalística, ética empresarial, ética pública.

 

A Ética abrange uma vasta área, podendo ser aplicada à vertente profissional existem códigos de ética profissional, que indicam como um individuo deve se comportar no âmbito da sua profissão. A Ética e a Cidadania são dois dos conceitos que constituem a base de uma sociedade próspera.

 

Pode-se citar a ética e a moral como temas relacionados, mas são diferentes, porque a mora fundamenta-se na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos e a ética busca fundamentar o modo de viver pelo pensamento humano.

 

Na Filosofia, a Ética não se resume à moral, que geralmente é entendida como costume, ou hábito, mas busca a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver, a busca do melhor estilo de vida.

 

I.1. ÉTICA A NICÔMACO

 

O libro como título em epígrafe é da autoria de Aristóteles e foi dedicado ao seu pai, cujo nome era Nicômaco. Esta é considerada a principal obra de Aristóteles sobre Ética e é constituído por dez livros, onde Aristóteles age como um pai que está preocupado com a educação e a felicidade do seu filho, porém, tem por objetivo fazer com que as pessoas pensem sobre as suas ações, colocando dessa forma a razão acima da paixão, procurando a felicidade individual e a coletiva, pois o ser humano é um ser social, vive em sociedade e suas atitudes sempre devem prever o bem comum. Nas obras de Aristóteles, a Ética é vista como pare da política que precede a própria política, e está relacionada com o indivíduo, diferentemente, política retrata o homem na sua vertente social.

 

Toda a racionalidade prática, para Aristóteles, visa a um fim, ou um bem, e a Ética, tem como propósito estabelecer a finalidade suprema que está acima e justifica todas as outras e a forma certa para alcança-la.

 

Claro, essa finalidade suprema é a felicidade. Não se trata dos prazeres, riquezas, honras e sim de uma vida virtuosa, sendo que essa virtude se encontra entre os extremos e só pode ser alcançada por alguém que demonstre prudência. A partir dessas ideias de Aristóteles, formou-se o primeiro tratado da história, a respeito de como deve agir o ser humano, para que realmente seja considerado um ser social.

 

I.2 ÉTICA DA PERSONALIDA E ÉTICA DO CARÁTER

 

São infinitos os recursos que se tem para encontrar assunto, desde que se esteja empenhado por encontrar. Fuçando seu velho Windows, deparou-se o autor como Blog de André Valongueiro. Este é o nome do blog, que vem sublinhado, basta coloca-lo no Search do Google para ser transportado. E lá, deparou-se com seu comentário a respeito do livro de Stephen Covey, e como seu trabalho excelente em “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes”, conduziram-no aos dois conceitos acima epigrafados, até aquele instante desconhecidos para ele. Pelo menos da forma apresentada pelo autor.

 

Em Ética da Personalidade, conta o autor sobre algumas situações embaraçosas pelas quais passou e a forma de racionalizar esses problemas, suas prováveis causas e soluções, mostrando o quanto geralmente se pode deixar passar superficialmente alguns costumeiros problemas e formas de encará-los.

 

Todos os homens, desde um primeiro momento lida com problemas e desafios que lhes são apresentados pela vida, segundo a chamada Ética da Personalidade. Covey aponta os erros que cometeu em cada situação usada como exemplo, ao tomar decisões e atitudes baseadas na Ética da Personalidade.

 

Esta, segundo o autor Covey, é a responsável pela valorização da nossa imagem pública. A atitude e o comportamento pensados de maneira estratégica e as habilidades e as técnicas que “lubrificam o processo de interação humana” com o objetivo de alcançar os resultados esperados.

 

Segundo André Valongueiro interpretou, a Ética da Personalidade são os truques, hacks e todas as técnicas e soluções que sempre estão à disposição de qualquer um que geram resultados positivos rápidos, com um esforço mínimo, e que geralmente passam despercebidos como ferramentas.

 

Em contrapartida, a Ética do Caráter é mostrada de forma mais complexa, mais íntima e infinitamente mais difícil de ser apreendida e modificada. Ela parece fazer parte do egoísmo interior, considerado por muitos como o maior mal da humanidade.

 

II.             ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

 

O tema da Ética no serviço Pública está diretamente relacionado com a conduta dos funcionários que ocupam cargos públicos. Tais indivíduos devem agir conforme um padrão ético, exibindo valores morais como a boa-fé e outros princípios necessários para uma vida saudável no seio da sociedade.

 

Quando uma pessoa é eleita para um cargo público, a sociedade deposita nela confiança, e espera que ela cumpra um padrão ético. Assim, essa pessoa deve estar ao nível dessa confiança e exercer a sua função seguindo determinados valores, princípios, ideais e regras. De igual forma, o servidor público deve assumir o compromisso de promover a igualdade social de lutar para a criação de empregos, de desenvolver a cidadania e de robustecer a democracia. Para isso ele deve estar preparado para por em prática políticas que beneficiem o país e a comunidade a nível social, econômico e político.

 

Um profissional que desempenha uma função pública deve ser capaz de pensar de forma estratégica, inovar, cooperar, aprender e desaprender quando necessário, elaborar formas mais eficazes de trabalho. Infelizmente os casos de corrupção no âmbito do serviço público são fruto de profissionais que não trabalham de forma ética.

 

3. O PROBLEMA

 

Será rápido e indolor, mas preciso um grau extra de atenção:

 

Parte-se de uma grande teoria e compara-se a uma grande “realidade”, pelo menos, até onde se acha que seja. Para o objetivo ser atingido, pensa-se como fato, o que se vê nas ruas.

 

Por que o dinheiro nunca é suficiente? Quem é que dá o dinheiro? Como funciona a crise? Creia, este é um problema ético. seria melhor aplicar o termo EMBUSTE.

 

pense em um país e, claro, já que aqui está, pense no Brasil. há um território, existem as fronteiras, e no interior existem duas coisas. O governo com todas as contas dele, as propriedades, as escolas, os hospitais etc.; o resto pertence aos cidadãos privados – as casas, os negócios, as lojas com as pessoas que trabalham, as indústrias. Assim, em Estado, há o setor público e o setor privado. Não há mais.

 

Esta é apenas uma ideia adaptada para o exemplo. Agora, imagine-se estes dois setores como se fossem gavetas. Ambos contêm dinheiro, prédios, terras, tudo. E agora, tome-se uma das duas gavetas, aquela do setor privado, e imagine-se que alguém consiga ficar rico.

 

Alguém, não importa que,, pode ser o dono de uma loja que vendeu alguns móveis, pode ser o dentista que extraiu um dente. O que aconteceu? Acontece que: a) um cliente pagou em dinheiro pelos móveis; b) um paciente pagou em dinheiro pela extração do dente; c) muitas pessoas pagaram em dinheiro para comprar bens ou para usufruir de serviços.

 

Isso significa que se alguém ganhar dinheiro, outra pessoa terá que perder dinheiro. O cliente, paga, (fica sem dinheiro); o dentista, recebe, (e fica com o dinheiro). Isso significa que se alguém ganhar dinheiro, outra pessoa terá que perder dinheiro. Ou seja, no interior da gaveta do setor privado, o dinheiro é sempre o mesmo, simplesmente anda em círculos e passa de mão em mão.

 

Então, uma pessoa que ficar rica, na verdade é porque consegue entrar na posse do dinheiro de muitas outras pessoas. Logo, se o dinheiro na gaveta do setor privado for sempre o mesmo, isso significa que os privados, sozinhos, não conseguem aumentar a quantidade de dinheiro em circulação na sua gaveta.

 

Então, como é que um país fica mais rico, se o dinheiro que circula sempre é o mesmo? E, se na gaveta circular sempre o mesmo dinheiro, como é possível construir escolas, hospitais, infraestruturas, gastar dinheiro para coisas novas?

 

Ficam-se estagnados? Uma vez os ordenados eram mais baixos, depois subiam e subiu também o preço da gasolina, e todo o resto de produtos de consumo... e como foi possível pagar tudo, se o dinheiro em circulação era sempre o mesmo? É muito complicado?!

 

Não. Não é. Alguém deu este dinheiro, esta nova riqueza. O dinheiro aumentou para todos, então como é que os cidadãos privados se tornaram todos, um pouco mais ricos? Deve-se lembrar que para ficar mais ricos, todos mais ricos, é preciso receber mais dinheiro sem que ninguém possa perde-lo. Já se disse que na gaveta dos privados, alguém fica rico se outra pessoa gastar o próprio dinheiro: mas não é este o caso, aqui todos ficam mais ricos. A resposta é simples: alguém, fora da gaveta, deu este novo dinheiro.

 

Existe apenas duas entidades que, de fora, pode injetar dinheiro na nossa gaveta, o Estado ou outros países.

 

Se o Estado decidir comprar alguma coisa produzida na gaveta dos privados, então pagará com o dinheiro que vem de fora da gaveta dos privados. E o mesmo acontece com os outros países: pagam com o dinheiro que vem da gaveta deles, não da gaveta do Estado Brasileiro.

 

Então a riqueza da gaveta brasileira, a gaveta do setor privado onde todos vivem, aumenta de forma líquida, sem que alguém do povo tenha que perder o próprio dinheiro. Mas que significa isso? Significa que aqueles que querem eliminar o Estado, que querem entregar tudo aos privados, na verdade querem simplesmente fechar uma das únicas torneiras que permitem aumentar a riqueza. Porque com um país na mão dos privados, voltamos ao problema de antes: na gaveta alguém fica rico só se outros perderem dinheiro. Tudo bem que outros países aumentam a riqueza dos privados ao comprar em sua gaveta, mas, e se os outros países, os estrangeiros, decidirem comprar os bens ou os serviços em outro lugar que não em gaveta dos privados brasileiros?

 

Significa que o Estado, o Estado Brasil, é a única fonte de riqueza externa de confiança para a gaveta privada?! Mas, dizem, pois, que o governo rouba, qual riqueza é riqueza, se está sempre a sacar dinheiro dos bolsos do povo?!

 

Aqui, é de fundamental importância que se atenha às explicações que podem vir de Paolo Bernard, Karl Marx, John Maynard Keynes, David Ricardo, buton Woods. Aqui não vai se falar do ponto de vista moral, esta é a teoria, se depois de elegerem ladrões, a culpa será do povo. É fundamental que se possa perceber o que um governo honesto pode fazer, desta forma pode-se exigir que isto seja feito. E pode-se sim, agora, falar de Ética, Caráter, Moral, e que os senhores conseguirem captar nas palavras escritas, fazem parte da história do mundo, não só do Brasil.

 

3.1 DINHEIRO SEM LIMITES

 

Este não é um assunto que se possa trazer à baila em qualquer lugar ou situação. Você poderá ser tachado de louco, irresponsável, comunista, terrorista, contudo, está nos livros para quem quiser ler, e desde quando o povo gosta de “perder tempo” com leituras que o obriguem a pensar enquanto poderia estar se divertindo?

 

Mas a verdade é que um Estado pode transferir para a gaveta privada todo o dinheiro que desejar, sem limites. É isso mesmo: o Estado poderia criar dinheiro, um rio de dinheiro, construir, edificar, reestruturar, melhorar os serviços, as estruturas, acabar com o desemprego, tudo assim, em uma única decisão. Se lhe conviesse.

 

O fato é que a história da dívida é uma mentira tão grande como Júpiter. Não há nenhuma dívida, o governo pode realmente fazer todo o dinheiro que quer, sem maiores problemas. Não faz isso simplesmente porque alguém não deseja que as coisas funcionem desta forma.

 

Chega-se ao ápice da dívida pública, consequentemente à falta de ética, moral e caráter daqui a pouco. Por enquanto, não se deve esquecer: sem o governo ou os países estrangeiros, ninguém aqui na gaveta dos privados, pode ficar mais rico sem que outros entre si percam dinheiro. Não se pode ficar todos um pouco mais ricos, porque o dinheiro que circula é sempre o mesmo e passa de bolso em bolso. E se alguém ficar mais rico, então alguém tem de ficar mais pobre.

 

Dizia: as gavetas, só o Estado ou os Países estrangeiros podem injetar dinheiro “fresco” na gaveta dos privados, caso contrário o dinheiro que circula é sempre o mesmo e a riqueza não aumenta.

 

Na Itália, nos anos 50 e 60, era só enriquecer: o empregado pedia um aumento de 50 e o patrão dava-lhe 100; isso porque todos, o mundo, compravam as mercadorias italianas e depois havia o dinheiro dos americanos, muitos investidores.

 

E depois havia os Comunistas que, apesar dos proclamas, faziam negócios com a Fiat, as maiores empresas não só as italianas, mas principalmente o Estado Italiano que gastou muito, e os Países Estrangeiros que permitiam o verdadeiro “Boom” naqueles anos.

 

Pois aqui é que surge a dúvida! De onde vinha todo o dinheiro? De lugar nenhum. As liras, não vinham de fora. Não eram importadas. Era o Estado que imprimia as notas. E o Estado, onde buscava as notas?

 

Na Casa da Moeda. O Estado imprimia as notas. Pegava num papel, escrevia: “Esta nota vale 1.000, assinado: o Estado Italiano” e pronto, eis criado o dinheiro. É isso que ainda hoje acontece nos Estados Unidos, por exemp0lo, mas também no Japão, no Brasil, na China, na Suécia. Todos os Estados que ainda têm uma moeda própria podem criar dinheiro, em teoria, sem limites. O Estado funcionava como funcionam ainda hoje aqueles países; havia um administrador, o Ministro do Tesouro, e o Bando do Estado, o Banco Central. E como gastava o dinheiro o Estado Italiano?

 

O Estado não entregava o dinheiro aos cidadãos nas ruas. Demasiado simples. E estúpido também. O Estado, pelo contrário, escolhia construir uma escola. Então chamava uma empreiteira e dizia: “Empresa, quero construir uma escola”. Uma vez concluída a obra (mas na maior parte dos casos antes disso), o Estado pegava nas notas acabadas de imprimir e depositava tudo na conta bancária da empresa. Esta com o dinheiro, podia pagar os trabalhadores e encomendar os materiais.

 

Então, o que tinha acontecido? Uma coisa simples: o Estado tinha imprimido dinheiro a partir do nada, tinha entregado o dinheiro à empresa, esta havia pago os trabalhadores, (que assim puderam gastar) e aos fornecedores, os quais tinha outros fornecedores. Na prática, o Estado tinha injetado na gaveta dos privados dinheiro que tinha posto em andamento o motor da economia. Tudo sem que alguém tivesse que ficar mais pobre.

 

Então, ao lembrar o discurso da gaveta dos privados na qual em princípio ninguém pode ficar rico sem que outro fique mais pobre, gasta-se aqui, gasta-se ali e acolá, afinal alguém fica sem dinheiro e entra em bancarrota, não é verdade?

 

E quem faz bancarrota se ninguém é credor? O Estado não contraia uma dívida para criar dinheiro, o Estado inventava o dinheiro a partir do nada. Como se pode fazer bancarrota se não se tem que dar nada a ninguém?

 

Alguém dirá: para se viver tem-se que trabalhar. E trabalhar cusata. Mas para o Estado era muito mais simples. Era só acrescentar alguns “zeros” em uma conta e o jogo está feito.

 

Deve-se insistir nessa teoria antiética, fragmental do caráter e de moral.

 

Mas, não é um esquema demasiado simples? – E por quê? – Desculpem, mas não é a mesma coisa que fazem os bancos com o sistema da reserva fracionária? Ou alguém há de pensar que por cada nota que o banco distribui há op respectivo valor no cofre do banco?

 

O conceito é o mesmo. Com a diferença que o Estado cria dinheiro e fica endividado consigo mesmo. Mas ninguém entra em bancarrota se está endividado consigo mesmo, não é fato?

 

Este tipo de dívida está semp0re em processo de crescimento. Os estados Unidos, por exemplo, estão em dívida há 200 anos e ainda não faliram. E por quê? Porque não é uma verdadeira dívida para o Estado. Para o Estado, esta é a maneira mais natural. Todos os Estados funcionam assim, não há e nunca houve exceções.

 

Querem um pouco mais da verdade escondida? Ou apresentar a falsa verdade? Então, fale-se da dívida pública. Dizem todos que são as pessoas que têm de pagar aquela, caso contrário, porque o nome dela é “pública”? Os Títulos de Estado, por exemplo...

 

Sim. Fazem todos de ignorantes. É que são ignorantes!

 

O que se tem aqui? Então: como é que com os Títulos o Estado pedia dinheiro e depois tinha que devolver todo com juros? Dinheiro verdadeiro, não inventado. Então, se o Estado poderia imprimir todo o dinheiro do mundo, porque pedir ao povo? Parece não fazer sentido. Na mídia dizem que hoje estes impostos que se deve pagar é justamente para manter o funcionalismo público, as obras, as benfeitorias que retornam para o povo para que este tenha uma vida boa. Mas quem tem essa vida boa, apesar de pagar os maiores impostos do mundo?

 

O fato da Dívida do Estado chamar-se “pública” é um embuste. EMBUSTE! Frise-se o termo. Um embuste inventado pro quem tem todo o interesse em manter esta condição. Mas vá com ordem. Fala-se da Dívida Pública, aquela criada pelos governos anteriores, aquele número enorme, com muitos zeros. A Dívida Pública interna, aquela que acham que os cidadãos têm que pagar, pode formar-se de duas maneiras:

 

1)    Quando o Estado gasta dinheiro para o povo, i. é, constrói estradas, escolas, bibliotecas, hospitais, paga os ordenados e as reformas etc.

2)     Quando vende Títulos do Estado.

 

No primeiro caso as coisas ficam como já foi dito: o Estado quer construir uma escola, chama uma empresa e a contrata. Tanto faz. Como pode esta ser uma dívida dos cidadãos? Dívida em relação a quem? Alguém emprestou dinheiro? Não. Nada. O Estado simplesmente imprimiu dinheiro. Ponto final.

 

No segundo caso, o que acontece quando um Estado vender um Título de Estado? Acontece que quem comprar o Título vê o dinheiro dele mexer-se de uma conta onde recebia interesses ridículos para uma conta especial onde recebe mais. Ou seja: o cidadão recebe mais dinheiro, fica mais rico. Onde está a Dívida do cidadão? Não existe. A despesa do Estado (despesas mais Títulos) que gasta o próprio dinheiro nunca é dívida dos cidadãos, é sempre riqueza deles. É óbvio: recebem mais dinheiro da gaveta deles, a gaveta dos privados.

 

Eis algo um pouco mais complicado: na realidade, sabem o que acontece quando alguém compra um Título do Estado? Por exemplo, imagine-se comprando Títulos por 1.000 Reais. O que acontece é que os funcionários do Banco Central carregam determinada tecla do computador que mexe o seu dinheiro da sua conta que fica nos computadores deles, para outra conta, a dos Títulos do Estado que fica sempre nos computadores deles. Só isso, nada mais. São sempre, e só, números que se mexem, não é o dinheiro real que passa de mão em mão. Ao final, você deve receber o dinheiro no fim do prazo estipulado, com os juros. Existe uma dívida e você é credor. É claro, o Estado tem que devolver o dinheiro, mas na verdade não há dívida.

 

Suponha que os juros fossem de 10%. Em primeiro lugar, o Estado diz aos funcionários do Banco Central para calcar de novo o dedo nas teclas e o dinheiro, o seu dinheiro, volta da conta dos Títulos até a sua conta normal. E os juros? 10% de 1.000 Reais são 100 Reais.

 

Então o Estado imprime notas de 100 Reais que logo são depositadas nas contas, tantas quantas forem, serão as quantidades de notas, ou, mais simples ainda, imprime outro tanto de Títulos, que vende para outras pessoas, e com o dinheiro do segundo lote de compradores, o Estado paga os interesses dos primeiros. E ainda sobra muito dinheiro. Quando também acabar o prazo do novo Título, o Estado pode ou imprimir dinheiro novo, ou emitir outro Título, como qual quitará os interesses do segundo lote de compradores e assim por diante ad eternum. Neste caso, diz-se que o Título é “renovado”, e o Estado pode renovar para sempre. Ou, como afirmado, pode imprimir mais dinheiro, pagar o título com os juros e quebra a corrente. Mas de fato o que acontece é que o Título é sempre renovado: a moral é que o seu Título é sempre honrado com o dinheiro do novo comprador.

 

Questionarão: “Eu, Estado, que posso inventar todo o dinheiro que quero, tenho que fazer esta confusão toda com estes Títulos para pedir ao povo o dinheiro que posso imprimir como e quando quero?” “Eu, Estado, gasto o dinheiro, depois peço ao povo o seu dinheiro e após certo período eu devolvo tudo com juros?” há sentido nisso?

 

Quando um Estado emite Títulos, faz isso como escolha, por motivos técnicos, nunca para encontrar dinheiro.

 

“Mas paga-se a dívida com os impostos, não é?” Não. Absolutamente, não. Os impostos nunca serviram para pagar coisa alguma. A Dívida do Estado NUNCA É PÚBLICA. Não insistir! Alerta David Ricardo (Economista, início dos anos 1800) – conforme se fez por extrair do site do Google abaixo referenciado por Maxliabceconomia.blogspot.com.br/2011/10, que fala em nome do Professor Paolo Natan. Sempre contaram estas coisas ao contrário, e a razão é muito, muito séria. A Dívida Pública é uma invenção, na realidade é dívida falsa para o estado, mas riqueza verdadeira para os cidadãos.

 

Em um país com soberania monetária a dívida nunca é um verdadeiro problema. Aliás, a dívida é a forma do Estado criar riqueza. A dívida nem deveria chamar-se assim e não é pública.

 

Então, a questão é simples. No mundo, sempre existem três categorias: os Reis (leia-se governantes, dominadores), a aristocracia, (que sempre pertenceu à classe média, e a massa (de enormes desgraçados, sempre sem dinheiro). Depois, aconteceu algo. Com revoluções, guerras e mortos, foi criada a democracia.

 

Veja a coisa sob um prisma escatológico:

 

O fim último de uma democracia deveria ser a eleição de um Estado eleito por todos porque os direitos e as leis são coisas bonitas, mas se depois uma pessoa tem que trabalhar como um desgraçado para comprar um pão ou um saco de leite, ou se ninguém explica o que se passa de verdade, então aqueles direitos não valem nada.

 

Dizia: “Só quando uma pessoa tiver uma casa, não estiver “mergulhada em dívidas”, ficar protegida com serviços essenciais, estiver bem informada, e os seus filhos tiverem um futuro possível, só então pode conceder-se o luxo de participar da vida democrática”. Estas são palavras de John Maynard Keynes, anos 50.

 

Então, volte atrás. Os países começaram a ter moedas próprias: na Alemanha o Marco, na Itália a Lira, na França o Franco, em Portugal o Escudo, o Brasil com (?) Cruzeiro, Cruzado, Cruzado Novo, Real, este até hoje, e a partir dos anos 70, com os acordos internacionais, era possível criar dinheiro a partir do nada. Antes não era assim. Antes era preciso ter o ouro para criar moeda. Você tinha 1 quilo de ouro, então podia criar 1.000 moedas que valiam como um quilo de ouro. Percebem esta passagem?

 

A partir dos anos 70 este sistema acabou: nascia a moeda desligado da ouro e cada país estava em condições de criar dinheiro sem fim. E este é o maior perigo para o sistema. Se um estado pode criar todo o dinheiro que quer e o faz, isso diminui o valor do dinheiro, aumentando a inflação. Cria uma espiral inflacionária, com os preços fora de controle. É por isso que existe um Banco Central com o administrador, o Ministro do Tesouro. É ele que mede o pulso da situação e gere o equilíbrio, retira dinheiro para travar a inflação, faz subir o preço do dinheiro, emite o dinheiro novo. Uma vez o dinheiro era criado apenas se os Estados conseguissem juntar suficiente riqueza para isso, depois dos anos ’70 este limite desapareceu.

 

Quando se tem no país 10 milhões de cidadãos desempregados o que se faz? Pretende-se emprega-los. Mas isso gera custos, então alguém diz: “Ok, pode assumir 10 milhões de pessoas, mas isso custa 100 milhões de Reais, então antes, deveriam encontrar o ouro necessário para emitir os Reais, só depois poderiam assumir o pessoal e pagá-lo”. Agora, com o dinheiro criado a partir do nada, as coisas mudam completamente. É só imprimir. Isso é o caos.

 

a)    Estados democráticos

b)    Estados que podem criar dinheiro sem limites

c)    Estados que podem criar trabalho para todos, casas para todos, serviços para todos, instrução para todos.

 

Moral: Estados que podem criar cidadãos instruídos, sem grandes problemas, cidadãos que podem participar da vida política e usar a democracia para tutelar-se!

 

A isto dar-se-á o nome de Utopia. A dupla. Estado que gasta sem limites e cidadão que gere a democracia é o Santo Graal dos povos, o pesadelo de qualquer elite. É absolutamente necessário impedir, esconder dos cidadãos qual o resultado de um Estado com a capacidade de criar dinheiro a partir do nada. “Os alemães, que hoje gritam contra a dívida, fizeram mesmo isso: com o dinheiro do Estado transformaram as empresas deles em superprodutoras. Conseguiram convencer todos de que a despesa do Estado é a dívida dos cidadãos. A dívida agora é Dívida Pública, o déficit é público. O desastre é público. Todos têm que pagá-lo, todos, você e os seus filhos”...

 

Com esta Ética Político/Econômica que é apresentada dentro da Economia do Estado, a despesa do Estado é apresentada como demônio em pessoa. Por isso agora gritam que os Estados têm que gastar menos, cada vez menos, menos de quanto consigam obter. Assim taxas, impostos, cortes. Desta forma o Estado dá 100, mas pede 110.que raio de Estado é Este? Este é apenas um cobrador de impostos, não é um Estado. Desta forma o Estado acumula dinheiro e nós perdemos dinheiro: é exatamente o contrário da função primordial de um Estado qualquer! Os cidadãos ficando cada vez mais pobres, com cada vez mais trabalho, mais dívidas, mais medo; e com cada vez menos democracia. Esta é a tragédia moderna. No tempo em que todos estiverem convencidos que despesa de um Estado é um prejuízo, todos estarão falidos. Estas foram minhas considerações finais.