sábado, 22 de março de 2014

SOCIOLOGIA – 1º TRIMESTRE - VARGAS DIGITADOR

SOCIOLOGIA – 1º TRIMESTRE - VARGAS DIGITADOR

- 1. ÉMILE DURKHEIM

ü   Bases empíricas da sociologia: o estudo da vida moral;
ü   Objeto e método da sociologia:
ü   1. A sociedade como realidade “sui generis” – Representações coletivas da consciência;
ü   2. Fato Social como objeto da sociologia. Características:
ü   Exterioridade;
ü   Coercitividade;
ü   Generalidade;

ü  A teoria de Durkheim busca estabelecer as bases empíricas da Sociologia;
ü   A Sociologia se afasta das outras ciências, ela vai estudar a moral do ponto de vista empírico, histórico, concreto e sociológico;

ü  Sui Generis”: específico e particular irredutível a outros fenômenos – Só é possível explicar a sociedade por razões sociais;
ü   Para Durkheim a sociedade é um fenômeno moral;
ü   O objeto de estudo da sociologia é um fato social.

ü  FATO SOCIAL – QUESTÃO:
ü   1. Para Durkheim, a Sociologia é o estudo de toda crença e comportamento padronizado instituído pela sociedade. Daí, a eleição do “fato social” como objeto de análise sociológica. Abaixo, o comentário da definição de fato social e suas três características:

ü  Durkheim descreve como “fato social” toda maneira de agir, pensar e sentir, exterior aos seres humanos e que a eles se impõe por seu poder de coerção;
ü   Assim, o fato social possui como características a generalidade, a exterioridade e a coercitividade;
ü   O autor nos explica que a coercitividade em alguns momentos não possa ser percebida, pois quando essas maneiras de agir, pensar e sentir se tornam hábitos ela se torna desnecessária, mas não deixa de existir, uma vez que esses hábitos derivam dela;
ü   Ora, nesse sentido o autor nos chama a atenção para a educação, que é justamente um esforço contínuo para impor maneiras de ver, sentir e agir, às quais as pessoas não chegariam espontaneamente. A educação tem justamente o objetivo de formar o ser social;
ü   Além disso, o fato social existe independentemente das formas individuais que toma ao se difundir, e o comportamento que existe exteriormente às consciências individuais só se generaliza impondo-se a estas;
ü   Desse modo, encontram-se intrinsecamente relacionadas as três características citadas.

ü  SOLIDARIEDADE SOCIAL – QUESTÃO:
ü   2. Na ótica da sociologia durkheimiana, a sociedade é constituída e se mantêm como base no consenso normativo e moral. Esse fenômeno é investigado por meio do conceito de solidariedade social que o autor relaciona ao grau de individualização gerado pela divisão do trabalho. Abaixo os comentários à definição de solidariedade social e as características dos dois tipos de sistema de solidariedade.

ü  Solidariedade Social são os laços de coesão que unem os indivíduos;
ü   Conjunto de crenças, valores e sentimentos coletivos que permitem integrar os indivíduos e criar o consenso, tornando possível a vida comum;
ü   Durkheim propõe, como símbolo de solidariedade em todas as sociedades. o direito e a regra jurídica;
ü   Com base nisso, o autor nos explica que existem duas formas de solidariedade social: a mecânica e a orgânica;
ü   A SOLIDARIEDADE MECÂNICA é aquela percebida quando a consciência coletiva se sobressai à individual, quando o grupo predomina sobre o indivíduo, de modo que este não se pertence. Esta sociedade se constitui pelo princípio de semelhança entre os indivíduos;
ü   A solidariedade mecânica corresponde ao DIREITO PENAL. Nele, há uma pena infligida ao indivíduo, e busca proteger contra uma ameaça à consciência coletiva. Essa consciência coletiva é protegida de maneira passional dos comportamentos dos indivíduos, pois há sentimentos sociais e morais muito intensos. Para Durkheim a pena é uma “arma de defesa social”, ela reforça os valores coletivos.
ü   A SOLIDARIEDADE ORGÂNICA é aquela que surge de crescente divisão do trabalho, que veio da industrialização. Assim, há uma sociedade dividida em partes, com funções distintas, resultante da divisão do trabalho social. Essa sociedade se caracteriza pela diferença entre os indivíduos, que dependem uns dos outros para formar o todo. Nestes casos, a individualidade funciona como coerção social;
ü   A solidariedade orgânica corresponde ao DIREITO RESTITUTIVO. Esse direito restaurador, que caracteriza o Direito Civil, ocorre entre as partes e não ofende a sociedade como um todo.

ü  A Sociedade Moderna trouxe uma divisão das esferas do Direito. Nas sociedades primitivas o Direito Penal regulava todas as relações;
ü   Conforme as relações da sociedade se diferenciam, o mesmo ocorre com o Direito;
ü   Durkheim diz que a sociedade moderna abriu espaço para a consciência individual, mas não tenderia à dissolução, portanto, essa sociedade não é inviável. Toda sociedade gera um tipo de solidariedade;
ü   Desse modo, a divisão do trabalho gera um novo tipo de relações sociais, que se liga às mudanças no Direito;
ü   Ora, permanece o Direito Penal nas Sociedades Modernas, mas ele divide espaço com uma fama de tipos de direitos que buscam atender à complexidade dessa sociedade.
ü   Para o autor, a sociedade estava gerando formas de divisão do trabalho que eram patológicas, era isso que estava levando ao conflito e à desintegração. Para ele, há duas formas de divisão do trabalho patológicas: as anômicas e as forçadas;
ü   A ANOMIA é a ausência de regras morais ou jurídicas, e a falta dessas regras impede a prevalência de harmonia social;
ü   A divisão FORÇADA do trabalho é a existência de uma força externa impedindo que as pessoas decidam a função que exercem por meio de suas aptidões naturais.

- 2. KARL MARX

ü  MATERIALISMO HISTÓRICO – QUESTÃO:
ü   1. Para Marx, a análise da vida social baseia-se no método do materialismo histórico. Em que consiste esse método de investigação?

ü  Materialismo histórico é a concepção de que as relações materiais que os homens estabelecem, para a produção da vida material, se tornam a base de todas as relações que os homens estabelecem;
ü   A perspectiva marxista de análise da sociedade observa a relação homem-natureza e a produção da vida material: o trabalho humano como atividade social.

ü  PRODUÇÃO DA VIDA MATERIAL
ü   Marx olha para a sociedade como um empreendimento humano que visa, sobretudo, a produção material da existência;
ü   Para a produção material da vida o homem precisa se relacionar com a natureza e com os outros homens;
ü   Para o autor, o que separa os homens dos outros animais é justamente o trabalho. Os animais já trazem no corpo os instrumentos necessários para a sua sobrevivência; os homens constroem historicamente os instrumentos para essa sobrevivência;
ü   Além disso, os animais quando produzem o que necessitam para si, o fazem para uma necessidade imediata e individual;
ü   O homem interfere na natureza para a produção da vida e, nesse sentido, modifica o mundo;
ü   Os homens procuram dominar as condições naturais;
ü   A relação homem-natureza é imediatamente ligada à relação homem-homem;
ü   Para Marx, as necessidades humanas não são naturais, mas sociais, e dependem do estágio da evolução humana. Neste sentido ele diz que “a produção cria o consumidor”;
ü   As necessidades humanas crescem com o desenvolvimento da sociedade.

ü  DESENVOLVIMENTO DA SOCIEDADE
ü   Sociedade é um empreendimento humano que visa garantir a sobrevivência;
ü   Ela possui sempre uma face de cooperação – há uma transmissão de conhecimento de saberes técnicos ao longo da história humana, bem como um aperfeiçoamento, um acúmulo de conhecimento coletivo (toda produção humana é coletiva);
ü   Mas a sociedade é essencialmente um fenômeno de conflito gerado pela divisão do trabalho – a especialização divide as pessoas em grupos, e isso gera desigualdades e conflitos, separando o indivíduo do conhecimento geral da produção da vida;
ü   Nesse sentido, Marx enfatiza a divisão entre os proprietários e os não-proprietários;
ü   Assim, o desenvolvimento histórico se dá pela união das forças produtivas e relações sociais de produção;
ü   FORÇAS PRODUTIVAS (relação homem-natureza): trata-se da ação dos indivíduos sobre a natureza para a produção da vida material. Relaciona-se com o grau de domínio que os homens têm sobre a natureza naquele momento histórico;
ü   RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO (relação homem-homem): Trata-se das formas de distribuição social dos instrumentos de produção e do produto do trabalho humano.

ü  ESTRUTURA, SUPERESTRUTURA E CONFLITO DE CLASSES – QUESTÃO:
ü  2. Comente o papel que Marx atribui ao conflito de classe na estruturação da vida social e a maneira como o relaciona às dimensões da estrutura e da superestrutura.

ü  Em primeiro lugar, faz-se necessário apresentar os conceitos de estrutura e superestrutura;
ü   ESTRUTURA: constituída pelas forças produtivas e relações sociais de produção. Trata-se da base material da sociedade, sua essência;
ü   SUPERESTRUTURA: Dimensão imaterial da vida social. Trata-se da aparência de uma sociedade, seu sistema filosófico, valores morais etc.;
ü   Para Marx a estrutura DETERMINA a Superestrutura;
ü   As relações sociais de produção são marcadas pela divisão do trabalho, que vai resultar em uma apropriação dos instrumentos e produtos do trabalho;
ü   Assim, a sociedade é um fenômeno de conflito, pois essas diferenças não são um fenômeno natural, mas um fenômeno econômico-histórico;
ü   A estrutura é a base sobre a qual as instituições são constituídas (Estado, Religião etc.). Elas são a expressão dos interesses do grupo dominante;
ü  Assim, surgem dúvidas sobre como a sociedade pode se assentar tendo esses conflitos em sua base. Para Marx, há uma tensão iminente de revolta do grupo submetido;
ü   A sociedade se mantém porque os grupos dominantes produzem um conjunto de valores que leva os grupos oprimidos a serem mantidos sobcontrole;
ü   Ao se referir à ideologia, Marx fala de um conjunto de valores que tem como finalidade inverter a imagem da realidade;
ü   As ideias são relacionadas à vida material, mas a escondem e tentam mostrar-se como valores independentes;
ü   Deste modo, a estrutura da sociedade tem em si o conflito de classes, e determina a superestrutura, de acordo com os interesses da classe dominante, buscado manter os grupos oprimidos sobcontrole.

ü  DIALÉTICA:
ü   A dialética de Marx é um modo de pensar que acentua as contradições da realidade como algo dinâmico, que está em constante mudança;
ü   Marx se vale disso para acentuar o caráter dinâmico da sociedade. Ora, cada sociedade possui em si o seu destruidor, uma vez que se constrói sobre conflitos;

ü   O desenvolvimento de uma sociedade desenvolve também aquele grupo que irá destruí-la em virtude do desenvolvimento das formas de produção.

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NOTA DO DIGITADOR: Todo este trabalho está sendo redigitado com as devidas correções por VARGAS DIGITADOR. Já foi digitado, anteriormente nos anos 2006 e 2007 com a marca DANIELE TOSTE. Todos os autores estão ressalvados nas referências ao final de cada livro em um total de cinco livros, separados por matéria e o trabalho contém a marca FDSBC.