SOCIOLOGIA – 1º TRIMESTRE - VARGAS DIGITADOR
- 1. ÉMILE DURKHEIM
ü Bases
empíricas da sociologia: o estudo da vida moral;
ü Objeto
e método da sociologia:
ü 1.
A sociedade como realidade “sui generis” – Representações coletivas da
consciência;
ü 2.
Fato Social como objeto da sociologia. Características:
ü Exterioridade;
ü Coercitividade;
ü Generalidade;
ü A
teoria de Durkheim busca estabelecer
as bases empíricas da Sociologia;
ü A
Sociologia se afasta das outras ciências, ela vai estudar a moral do ponto de
vista empírico, histórico, concreto e sociológico;
ü “Sui Generis”: específico e particular irredutível
a outros fenômenos – Só é possível explicar a sociedade por razões sociais;
ü Para
Durkheim a sociedade é um fenômeno
moral;
ü O
objeto de estudo da sociologia é um fato social.
ü FATO SOCIAL – QUESTÃO:
ü 1.
Para Durkheim, a Sociologia é o estudo de toda crença e comportamento padronizado
instituído pela sociedade. Daí, a eleição do “fato social” como objeto de
análise sociológica. Abaixo, o comentário da definição de fato social e
suas três características:
ü Durkheim descreve como “fato social”
toda maneira de agir, pensar e sentir, exterior aos seres humanos e que a eles
se impõe por seu poder de coerção;
ü Assim,
o fato social possui como características a generalidade, a exterioridade e a
coercitividade;
ü O
autor nos explica que a coercitividade em alguns momentos não possa ser
percebida, pois quando essas maneiras de agir, pensar e sentir se tornam
hábitos ela se torna desnecessária, mas não deixa de existir, uma vez que esses
hábitos derivam dela;
ü Ora,
nesse sentido o autor nos chama a atenção para a educação, que é justamente um
esforço contínuo para impor maneiras de ver, sentir e agir, às quais as pessoas
não chegariam espontaneamente. A educação tem justamente o objetivo de formar o
ser social;
ü Além
disso, o fato social existe independentemente das formas individuais que toma
ao se difundir, e o comportamento que existe exteriormente às consciências
individuais só se generaliza impondo-se a estas;
ü Desse
modo, encontram-se intrinsecamente relacionadas as três características
citadas.
ü SOLIDARIEDADE SOCIAL – QUESTÃO:
ü 2.
Na ótica da sociologia durkheimiana, a
sociedade é constituída e se mantêm como base no consenso normativo e moral.
Esse fenômeno é investigado por meio do conceito de solidariedade social que o
autor relaciona ao grau de individualização gerado pela divisão do trabalho.
Abaixo os comentários à definição de solidariedade social e as características
dos dois tipos de sistema de solidariedade.
ü Solidariedade
Social são os laços de coesão que unem os indivíduos;
ü Conjunto
de crenças, valores e sentimentos coletivos que permitem integrar os indivíduos
e criar o consenso, tornando possível a vida comum;
ü Durkheim propõe, como símbolo de
solidariedade em todas as sociedades. o direito e a regra jurídica;
ü Com
base nisso, o autor nos explica que existem duas formas de solidariedade
social: a mecânica e a orgânica;
ü A
SOLIDARIEDADE MECÂNICA é aquela percebida quando a consciência coletiva se
sobressai à individual, quando o grupo predomina sobre o indivíduo, de modo que
este não se pertence. Esta sociedade se constitui pelo princípio de semelhança
entre os indivíduos;
ü A
solidariedade mecânica corresponde ao DIREITO PENAL. Nele, há uma pena
infligida ao indivíduo, e busca proteger contra uma ameaça à consciência
coletiva. Essa consciência coletiva é protegida de maneira passional dos
comportamentos dos indivíduos, pois há sentimentos sociais e morais muito
intensos. Para Durkheim a pena é uma
“arma de defesa social”, ela reforça os valores coletivos.
ü A
SOLIDARIEDADE ORGÂNICA é aquela que surge de crescente divisão do trabalho, que
veio da industrialização. Assim, há uma sociedade dividida em partes, com
funções distintas, resultante da divisão do trabalho social. Essa sociedade se
caracteriza pela diferença entre os indivíduos, que dependem uns dos outros
para formar o todo. Nestes casos, a individualidade funciona como coerção
social;
ü A
solidariedade orgânica corresponde ao DIREITO RESTITUTIVO. Esse direito
restaurador, que caracteriza o Direito Civil, ocorre entre as partes e não
ofende a sociedade como um todo.
ü A
Sociedade Moderna trouxe uma divisão das esferas do Direito. Nas sociedades primitivas o Direito Penal regulava todas as
relações;
ü Conforme
as relações da sociedade se diferenciam, o mesmo ocorre com o Direito;
ü Durkheim diz que a sociedade moderna
abriu espaço para a consciência individual, mas não tenderia à dissolução,
portanto, essa sociedade não é inviável. Toda sociedade gera um tipo de
solidariedade;
ü Desse
modo, a divisão do trabalho gera um novo tipo de relações sociais, que se liga
às mudanças no Direito;
ü Ora,
permanece o Direito Penal nas Sociedades Modernas, mas ele divide espaço com
uma fama de tipos de direitos que buscam atender à complexidade dessa
sociedade.
ü Para
o autor, a sociedade estava gerando formas de divisão do trabalho que eram
patológicas, era isso que estava levando ao conflito e à desintegração. Para
ele, há duas formas de divisão do trabalho patológicas: as anômicas e as
forçadas;
ü A
ANOMIA é a ausência de regras morais ou jurídicas, e a falta dessas regras
impede a prevalência de harmonia social;
ü A
divisão FORÇADA do trabalho é a existência de uma força externa impedindo que
as pessoas decidam a função que exercem por meio de suas aptidões naturais.
- 2. KARL MARX
ü MATERIALISMO HISTÓRICO – QUESTÃO:
ü 1.
Para Marx, a análise da vida social
baseia-se no método do materialismo histórico. Em que consiste esse método de
investigação?
ü Materialismo
histórico é a concepção de que as relações materiais que os homens estabelecem,
para a produção da vida material, se tornam a base de todas as relações que os
homens estabelecem;
ü A
perspectiva marxista de análise da sociedade observa a relação homem-natureza e
a produção da vida material: o trabalho humano como atividade social.
ü PRODUÇÃO DA VIDA MATERIAL
ü Marx
olha para a sociedade como um empreendimento humano que visa, sobretudo, a
produção material da existência;
ü Para
a produção material da vida o homem precisa se relacionar com a natureza e com
os outros homens;
ü Para
o autor, o que separa os homens dos outros animais é justamente o trabalho. Os
animais já trazem no corpo os instrumentos necessários para a sua
sobrevivência; os homens constroem historicamente os instrumentos para essa
sobrevivência;
ü Além
disso, os animais quando produzem o que necessitam para si, o fazem para uma
necessidade imediata e individual;
ü O
homem interfere na natureza para a produção da vida e, nesse sentido, modifica
o mundo;
ü Os
homens procuram dominar as condições naturais;
ü A relação homem-natureza é imediatamente
ligada à relação homem-homem;
ü Para Marx, as necessidades humanas não são
naturais, mas sociais, e dependem do estágio da evolução humana. Neste sentido
ele diz que “a produção cria o consumidor”;
ü As necessidades humanas crescem com o
desenvolvimento da sociedade.
ü DESENVOLVIMENTO DA SOCIEDADE
ü Sociedade é um empreendimento humano que visa
garantir a sobrevivência;
ü Ela possui sempre uma face de cooperação – há
uma transmissão de conhecimento de saberes técnicos ao longo da história
humana, bem como um aperfeiçoamento, um acúmulo de conhecimento coletivo (toda
produção humana é coletiva);
ü Mas a sociedade é essencialmente um fenômeno
de conflito gerado pela divisão do trabalho – a especialização divide as
pessoas em grupos, e isso gera desigualdades e conflitos, separando o indivíduo
do conhecimento geral da produção da vida;
ü Nesse sentido, Marx enfatiza a divisão entre
os proprietários e os não-proprietários;
ü Assim, o desenvolvimento histórico se dá pela
união das forças produtivas e relações sociais de produção;
ü FORÇAS PRODUTIVAS (relação homem-natureza):
trata-se da ação dos indivíduos sobre a natureza para a produção da vida
material. Relaciona-se com o grau de domínio que os homens têm sobre a natureza
naquele momento histórico;
ü RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO (relação
homem-homem): Trata-se das formas de distribuição social dos instrumentos de
produção e do produto do trabalho humano.
ü ESTRUTURA, SUPERESTRUTURA E CONFLITO DE
CLASSES – QUESTÃO:
ü 2.
Comente o papel que Marx atribui ao conflito de classe na
estruturação da vida social e a maneira como o relaciona às dimensões da
estrutura e da superestrutura.
ü Em
primeiro lugar, faz-se necessário apresentar os conceitos de estrutura e
superestrutura;
ü ESTRUTURA: constituída pelas forças produtivas
e relações sociais de produção. Trata-se da base material da sociedade, sua
essência;
ü SUPERESTRUTURA: Dimensão imaterial da vida
social. Trata-se da aparência de uma sociedade, seu sistema filosófico, valores
morais etc.;
ü Para Marx
a estrutura DETERMINA a Superestrutura;
ü As relações sociais de produção são marcadas
pela divisão do trabalho, que vai resultar em uma apropriação dos instrumentos
e produtos do trabalho;
ü Assim, a sociedade é um fenômeno de conflito,
pois essas diferenças não são um fenômeno natural, mas um fenômeno
econômico-histórico;
ü A estrutura é a base sobre a qual as
instituições são constituídas (Estado, Religião etc.). Elas são a expressão dos
interesses do grupo dominante;
ü Assim,
surgem dúvidas sobre como a sociedade pode se assentar tendo esses conflitos em
sua base. Para Marx, há uma tensão
iminente de revolta do grupo submetido;
ü A sociedade se mantém porque os grupos
dominantes produzem um conjunto de valores que leva os grupos oprimidos a serem
mantidos sobcontrole;
ü Ao se referir à ideologia, Marx fala de um conjunto de valores que
tem como finalidade inverter a imagem da realidade;
ü As ideias são relacionadas à vida material,
mas a escondem e tentam mostrar-se como valores independentes;
ü Deste modo, a estrutura da sociedade tem em si
o conflito de classes, e determina a superestrutura, de acordo com os
interesses da classe dominante, buscado manter os grupos oprimidos sobcontrole.
ü DIALÉTICA:
ü A dialética de Marx é um modo de pensar que
acentua as contradições da realidade como algo dinâmico, que está em constante
mudança;
ü Marx
se vale disso para acentuar o caráter dinâmico da sociedade. Ora, cada
sociedade possui em si o seu destruidor, uma vez que se constrói sobre
conflitos;
ü O desenvolvimento de uma sociedade desenvolve
também aquele grupo que irá destruí-la em virtude do desenvolvimento das formas
de produção.
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devidas correções por VARGAS DIGITADOR. Já
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