domingo, 23 de março de 2014

SOCIOLOGIA - 3. MAX WEBER - JÁ ESTÁ POSTADO NO BLOG

- 3. MAX WEBER

ü  A Sociologia do Weber representa a reviravolta antipositivista;
ü   O positivismo buscava estudar a sociedade com uma explicação de causa e efeito, criando leis e dispensando o particular e o especial;
ü   A crítica dos antipositivistas é que a sociedade não é um fenômeno externo ao homem, como a natureza;
ü   A sociedade é fruto da experiência humana;
ü   Assim, o método não pode ser o da explicação, mas o MÉTODO DA COMPREENSÃO, que busca o SENTIDO e SIGNIFICADO da ação humana;
ü  Essa sociologia inaugura uma maneira de pensar que olha para os indivíduos e aos valores que eles atribuem às instituições;
ü   O mundo humano é feito da experiência humana. É uma característica da ação humana, sendo objeto da sociologia a ação social;
ü   Weber vê a sociedade do ponto de vista intersubjetivo;
ü   A realidade é definida com base no significado que damos às coisas;
ü   Weber acredita que a razão e a ciência modernas desumanizaram o mundo;
ü   Nesse sentido, o autor critica a burocracia e a técnica;
ü   A técnica suprime os valores.

ü  AÇÃO SOCIAL – QUESTÃO:
ü   1. Para Weber a Sociologia tem como objeto de estudo os significados e valores que orientam a ação e interação entre os indivíduos na sociedade. Comenta-se, abaixo, a definição weberiana de ação social, e os quatro tipos de ação construídos pelo autor.

ü  AÇÃO SOCIAL: “Toda conduta humana, ato, omissão ou permissão datada de um significado subjetivo dado por quem a executa e que orienta essa ação para a ação de outro”;
ü   Trata-se de uma sociologia do ponto de vista do ator, do significado que os homens atribuem;
ü   Os tipos de ação social são divididos em gradiente, partindo do tipo mais racional para o tipo menos racional;
ü   O tema da racionalidade é fundamental para Weber construir os tipos de ação social e pensar em seus efeitos;
ü   Para o autor, a racionalidade é a capacidade humana de dar sentido à conduta no mundo;
ü   Assim, agir racionalmente é agir significativamente, de maneira consciente quanto aos meios e fins;
ü   Quanto mais racionalmente o homem agir mais ele estará controlando os meios e os fins, pois ele poderá prever as consequências;
ü   Assim, o critério para traçar as ações, da mais racional para a menos racional, é a consciência.

ü   a) AÇÃO SOCIAL EM RELAÇÃO AO FIM:
ü   O agente estabelece o objetivo previamente e adequa os meios necessários para alcançá-lo;
ü   O significado da ação está no resultado e nas consequências;
ü   Essa ação é pragmática, utilitária, instrumental;
ü   Nesse tipo de ação, por o objetivo ser o resultado prático, há uma busca de controle dos resultados o tempo todo;
ü   A ação econômica é um exemplo Ca ação social em relação ao fim.

ü  b) AÇÃO SOCIAL EM RELAÇÃO AOS VALORES:
ü   O agente está orientado pelas suas convicções, isto é, por fins últimos (valores);
ü   Nestes casos, o agente pode ser movido por crenças religiosas, de justiça, de honra, honestidade, beleza;
ü   Assim, o indivíduo não é guiado pelas consequências de sua ação, mas ele busca preservar um valor, ele age em nome de uma causa;
ü   Assim, essa ação é racional porque o ator conscientemente elege o valor, mas beira a irracionalidade, pois ele não calcula as consequências;
ü   O valor encontra-se acima da realidade e da consciência prática;
ü  Os líderes revolucionários são um exemplo típico de agentes que realizam esse tipo de ação social.

ü  c) AÇÃO TRADICIONAL:
ü   Segundo  Weber, a ação tradicional ocorre impensadamente, pois o ator simplesmente tem as situações e não a adequa aos meios;
ü   Não há o estabelecimento consciente de um objetivo, ou questionamento.

ü  d) AÇÃO AFETIVA:
ü  Trata-se de ações espontâneas e pouco regulares, pois quanto menos racional, menos a ação é previsível e mais difícil de ser estudada;
ü   Assim, o ator não considera nessa ação nem os meios nem os fins;
ü   Para Weber, a análise da dinâmica social está em observar como essas ações influenciam o mundo e as consequências.

ü  AUTONOMIA DAS BASES VALORATIVAS:
ü   Weber propõe investigar, em um determinado momento histórico, a relação entre a esfera religiosa e a esfera econômica;
ü  Para Weber, as esferas da vida social são autônomas e cada esfera possui lógica e de ação distintos;
ü   Exemplos: Esfera (motivação); política (poder); econômica (lucro); religiosa (salvação); artística (beleza); erótica (prazer).
ü   Como cada esfera, tem uma lógica própria.

ü  TIPOS IDEAIS – RELAÇÃO ENTRE CAPITALISMO E PROTESTANTISMO:
ü   Weber procura observar em que momento a esfera religiosa e a esfera econômica se juntaram;
ü   A ação religiosa é tipicamente uma ação que rejeita o mundo material, mas os países em que o capitalismo mais se desenvolveu foram os países que passaram pela reforma protestante;
ü   Para explicar a relação entre a ética protestante e o espírito do capitalismo, Weber nos remete aos tipos ideais;
ü   O tipo ideal é um conceito metodológico, que consiste em enfatizar determinados aspectos da realidade com o objetivo de diferenciar os fenômenos;
ü   Procura determinar quais fenômenos são relevantes;
ü   Não há uma natureza na realidade, nem ele é uma verdade em si mesma;
ü   O conhecimento da realidade passa por conceitos típicos que o próprio pesquisador cria: “O conhecimento nunca é neutro”.

ü  A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO – QUESTÃO:
ü   2. A análise weberiana do capitalismo investiu o foco numa dimensão inexplorada pela explicação materialista marxista: as bases valorativas que teriam dado origem à conduta econômica tipicamente capitalista. Comentários abaixo sobre as conexões que Weber estabelece entre o desenvolvimento do capitalismo e a conduta ética protestante.

ü  A partir da ideia de tipo ideal, Weber nos apresenta uma caracterização dos tipos ideais do espírito do capitalismo e da ética protestante:
ü   O Espírito do Capitalismo:
ü   1. Dedicação à atividade lucrativa com a não utilização desse rendimento para prazeres pessoais (a aquisição de cada vez mais dinheiro como um fim em si mesmo);
ü   2. Baseia-se na obrigação disciplinada e consideração do trabalho como virtude-poder.
ü   Ética Protestante:
ü   1. Afastamento do gozo espontâneo da vida: rotina metódica de salvação;
ü   2. A ideia de vocação: valoração positiva do trabalho;
ü   3. Valorização da riqueza.
ü   Para Weber, o capitalismo moderno se caracteriza, não necessariamente pela busca do lucro, mas pela forma como esse lucro é buscado, ou seja, com base na obrigação disciplinada do trabalho; na organização do trabalho e de sua produção. Trata-se de uma atividade racional de controle do investimento;
ü   Assim, para o capitalismo se consolidar, pressupõe duas ações: a) a ideia de poupança; b) a valorização positiva do trabalho.
ü   A ética calvinista cria com a sua teoria uma afinidade eletiva entre a ética protestante e o espírito do capitalista;
ü   Para o autor, o novo significado trazido pela reforma protestante é o fato de ele trazer uma relação direta entre o indivíduo e Deus. A salvação passa a ser um bem garantido metodicamente ao indivíduo;
ü   A teoria calvinista diz que alguns indivíduos estão predestinados a ser salvos, e outros não. Assim, o individuo não tem certeza se é um dos salvos;
ü   Considerar-se como salvo é prova de graça e fé;
ü   Uma atividade mundana intensa elimina a angustia e aumenta a confiança;
ü   A riqueza passa a ser algo positivo, que aumenta as chances de ser salvo;
ü   Além disso, dedicar-se ao trabalho significa o testemunho cristão diante do mundo. (O crente deve ser o mais virtuoso, o mais disciplinado, pois prova a graça de Deus na sua vida);
ü   O trabalho também afasta do gozo espontâneo da vida (prazeres mundano), assim, a pessoa poderia evitar se perder no mundo;
ü   A riqueza é valorizada, mas não deve haver ostentação dessa riqueza;
ü   Ao se submeter a essa ética, o protestante se submeteu ao espírito do capitalismo, fornecendo uma ética a esse espírito.

ü  DOMINAÇÃO:
ü   Para o Weber, o que mantém a ordem social funcionando é a dominação;
ü   Para esse autor, identificar os tipos de dominação é uma tarefa fundamental para a manutenção da ordem social;
ü   Weber faz a distinção entre duas formas de dominação na sociedade:
ü   1. Baseada em interesse próprio: A possibilidade de um agente influir sobre outro (isso ocorre NE mercado econômico). Posições de superioridade de determinados grupos em relação a outros;
ü   2. Baseada em autoridade legítima: o tipo de dominação que pressupõe um dever de obediência e uma legitimidade de mando (Ocorre entre o governante e o governado);
ü   Weber está interessado em saber quais são as fontes de legitimidade nessas relações.
ü   TIPOS DE DOMINAÇÃO:

TRADICIONAL
RACIONAL – LEGAL
CARISMÁTICA
Princípio de Autoridade
Legitimidade:
- Crença que as pessoas têm no caráter sagrado da tradição.
Princípio de Autoridade / Legal:
- Ordem impessoal baseada no direito abstrato. Estatuto legal que visa manter a ordem social de maneira universal.
Princípio de Autoridade:
- Sentimento de que o líder porta características extraordinárias.
- Dom da Graça
Organização
Quadro administrativo:
- Se dá por meio de um chefe político que articula uma rede de relações personalizadas
Organização:
Burocracia que se caracteriza pelo quadro impessoal da regra. Avesso de uma organização baseada em privilégios. Os membros são recrutados em função da sua competência funcional.
É uma maneira de padronizar comportamentos.
Busca a eficiência dos resultados.
Acentua a dimensão técnica.
Organização:
- O grupo de pessoas é ligado diretamente ao líder.
- Normalmente está fora das estruturas de dominação constituídas (formas tradicionais e racionais).
- A liderança carismática aponta para uma mudança histórica.

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