Direito Civil Comentado - Art.
818, 819, 820
- Da Fiança
- VARGAS,
Paulo S. R.
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digitadorvargas@outlook.com
Parte
Especial - Livro I – Do Direito das Obrigações
Título VI
– Das Várias Espécies de Contrato
(art. 481 a 853) Capítulo XVIII – Da Fiança
– Seção I – Disposições Gerais (art. 818 a
826) –
Art.
818. Pelo
contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação
assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
No
lecionar de Claudio Luiz Bueno de Godoy, a fiança, de que de se dá a tratar o
Código Civil de 2002 a partir do artigo em comento, encerra contrato mercê do
qual alguém, chamado fiador, se obriga a garantir o débito de outrem, o
devedor-afiançado, perante o credor deste. É, portanto, um ajuste que se firma
entre o fiador e o credor do afiançado. Sua função está na constituição de uma
responsabilidade por débito alheio.
Como
é sabido, no vínculo obrigacional imiscuem-se o débito, que liga o devedor ao
cumprimento de uma prestação em favor do credor, mas também a respectiva
responsabilidade, a garantia do adimplemento que, de maneira geral, recai sobre
o patrimônio do devedor. nada impede, porém, que a responsabilidade seja
assumida por um terceiro, assim que não se ostente devedor. é a garantia,
enfim, prestada por um terceiro, que, sem ser devedor, se torna responsável.
Essa
responsabilidade pode se efetivar com o oferecimento de algum bem específico do
patrimônio do terceiro, sobre o qual se constitui um direito real, indutivo de
sequela e preferência em favor do credor. Porém, a garantia prestada pelo
terceiro poderá ser pessoa, na verdade reforçando-se a obrigação principal
creditícia com outra acessória, que é a fiança, a chamada obrigação fidejussória
(caução pessoal ou fidejussória). Ou seja, é uma obrigação acessória de
garantia de uma obrigação principal, mediante a qual o fiador se vincula ao
cumprimento da prestação devida pelo devedor, em regra, caso este não a cumpra.
Daí dizer-se que o contrato de fiança é acessório, seguindo a sorte da
obrigação por ela garantida.
O
contrato de fiança é considerado unilateral, porque faz nascer prestação
principal apenas ao fiador, mas não ao credor, cuja obrigação ativa se garante.
Via de regra é gratuito, prestada a fiança de forma benéfica; por isso,
inclusive, se interpreta de maneira restritiva. Não se impede, todavia, a
fiança onerosa, portanto em que o fiador recebe pela fiança prestada. Nesse
sentido se evidencia corriqueira a fiança profissional, prestada, por exemplo,
por bancos ou agências que a tanto se dedicam. A propósito, ademais, vale
anotar que o Código Civil de 2002, seguindo a tendência de unificação do
direito obrigacional, e tal como já se salientou no exame dos contratos de mandato,
comissão, agência e distribuição, a cujos comentários se remete o leitor,
tratou de maneira assim unificada da fiança civil e mercantil, por vezes
criando dificuldades que adiante serão mencionadas (ver, por exemplo,
comentário ao CC 827).
Diferencia-se
a fiança do aval, malgrado outra forma de garantia pessoa, porquanto
especificamente atinente ao direito cambiário, mas que, além disso, envolve uma
obrigação cambiária autônoma e indutiva de uma responsabilidade solidária do
avalista, e não subsidiária, como em princípio a do fiador. Além dos requisitos
normais de capacidade para contratar, a fiança reclama atendimento a regras de
legitimação. Assim, por exemplo, a pessoa casa que não o seja nos regimes da
separação de bens precisará da vênia conjugal para prestar a garantia (CC
1.647, III), sob pena de anulabilidade, como hoje se expressa, a ser deduzida
em dois anos, conforme preceito do CC 1.649, e a despeito de tese, que na
jurisprudência se levanta, como abaixo se verá, no sentido de que haja, nesses
casos, mera ineficácia, antes relativa, agora total. O mesmo não se pode dizer,
ao que se entende, com relação aos companheiros, não porque, como já se disse
no comentário ao CC 812, a união estável possua dignidade inferior à do
casamento, ambos ensejando a mesma constituição de família, mas porque, ao
contrário do casamento, instituição formal cuja publicidade inerente enseja
ciência sobre sua existência, início e término a quem quer que seja, bastando
consulta ao registro civil, a união estável não propicia a terceiros o
necessário e apriorístico conhecimento sobre se existente, sobre quando se
iniciou e sobre seu fim, até de forma a exigir-se o placet do
companheiro à outorga da fiança. De igual maneira, mesmo capazes, estão
impedidas de prestar fiança algumas pessoas em virtude de sua função, como os
leiloeiros. O tutor e o curador estão impedidos de prestar fiança pelo pupilo
ou pelo curatelado. O mandatário, para fazê-lo, precisa de poderes especiais
(CC 661, § 1º), da mesma forma que a pessoa jurídica somente poderá prestar
fiança se não o vedarem seus atos constitutivos ou, no silêncio, se em seu
benefício e de acordo com sua finalidade social.
Certo
que, aqui tratada como contrato, a fiança pode também ter origem legal ou
judicial. No primeiro caso, ter-se-á a fiança exigida por lei, como sucede
quando se exige a caução para que cocredor de obrigação indivisível possa
cobrar o débito do devedor, solitariamente, sem que seja acompanhado do outro
credor (CC 260, II). ou quando a lei impõe caução ao vizinho que pretenda usar
a parede do outro para fazer alicerce (CC 1.305, parágrafo único). Na mesma
senda, outras vezes a garantia é determinada pelo juiz, no processo, como nos
casos de execução provisória (CPC 520 – antigo CPC/1973, art. 475-O). Mas é regrada
no capítulo em exame a fiança convencional, sobre a qual o Código Civil
estatui, na primeira seção, disposições gerais, depois cuidando de seus efeitos
e de sua extinção. (Claudio Luiz Bueno de Godoy, apud Código Civil Comentado: Doutrina e Jurisprudência: Lei n.
10.406, de 10.02.2002. Coord. Cezar Peluso – Vários autores. 4ª ed. rev. e
atual., p. 842-43 - Barueri, SP: Manole, 2010. Acesso 27/02/2020. Revista e
atualizada nesta data por VD).
Na visão de Ricardo
Fiuza, a fiança é um contrato mediante o qual uma parte (fiador) assume para
com outra, credor de determinada obrigação de terceiro (afiançado), a garantia
de por ela responder caso aquele não venha adimpli-la. essa segurança oferecida
constitui contrato acessório ao principal, onde subsiste a obrigação por este
garantida. É garantia fidejussória, por tratar-se de garantia pessoal, e, como
tal, uma espécie do gênero garantia. A doutrina o reconhece como um contrato
unilateral, em regra não oneroso, acessório, solene, e intuitu personae.
(Direito Civil - doutrina, Ricardo
Fiuza – p. 430 apud Maria Helena Diniz Código Civil Comentado já impresso pdf 16ª ed., São Paulo, Saraiva, 2.012,
pdf, Microsoft Word. Acesso em
27/02/2020, corrigido e aplicadas as devidas atualizações VD).
Na
visão de Luís Paulo Cotrim Guimarães e Samuel
Mezzalira, fiança é o contrato mediante o qual uma pessoa obriga-se a
satisfazer obrigação alheia, caso o devedor não a cumpra. É o mesmo que caução
fidejussória.
Distingue-se do aval (cf. CC 897 a 900), porque: a) o aval
é restrito aos títulos de crédito; b) o avalista tem sempre responsabilidade
solidária.
A fiança penal é, na técnica do Direito Privado, caução
(cf. arts. 321-350 do CPP).
A fiança é contrato acessório, unilateral, formal, intuitu
personae e, quase sempre, gratuito. São partes o fiador (pessoa capaz) e o
credor da obrigação garantida. A vontade do devedor principal (afiançado) é
irrelevante (CC 820) e ele não é, portanto, parte do contrato de fiança.
O fiador casado necessita de outorga conjugal, exceto no
regime da separação absoluta (CC 1.647, III), sob pena de anulabilidade a ser
requerida em até dois anos após o término da sociedade conjugal (CC 1.649).
Antes do Código Civil de 2002, a fiança prestada sem a
outorga conjugal, não-anulada, não se comunicava (art. 263, X; Lei n. 4.121,
art. 3º.
Apesar do silêncio do Código Civil vigente, deve
prevalecer a não comunicabilidade, com base no art. 3º da Lei n. 4.121, por se
tratar, em regra, de obrigação que não beneficia a família.
Há três espécies de
fiança: a) Fiança legal: a que decorre de imposição legal (ex. CC 1.280 – Dos
direitos de vizinhança); b) Fiança judicial: a que a lei exige para a garantia
de certos atos do processo judicial (ex. CC 1.745, parágrafo único – Da Tutela)
e c) Fiança convencional: a que decorre da vontade das partes. (Luís
Paulo Cotrim Guimarães e Samuel Mezzalira apud Direito.com acesso em 27.02.2020, corrigido e
aplicadas as devidas atualizações VD).
Art.
819. A
fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.
Na toada de Claudio Luiz Bueno de Godoy, entendido o
negócio jurídico formal como aquele não consumável por qualquer forma, tal qual
em reg4ra acontece, porquanto prevalecendo, em geral, a informalidade, a
fiança, somente aperfeiçoando-se por escrito, constitui contrato formal. Não
exige a lei, porém, que a outorga se deva dar, necessariamente, por instrumento
público. Poderá sê-lo, destarte, também por documento particular. Mas não se
admite, na mesma esteira, fiança que seja prestada verbalmente, ainda que assim
se tenha contraído a obrigação por ela garantida.
Na
segunda parte, e a exemplo do que já fazia o CC/1916, estabelece o artigo em
comento que a fiança deve ser interpretada restritivamente, razão, por exemplo,
de, quanto à garantia de avenças locatícias, se ter sumulado o entendimento de
que o fiador não responde por obrigações resultantes de aditamento ao qual não
haja anuído (Súmula n. 214 do STJ). Da mesma forma, a interpretação restritiva
da fiança tem levado a jurisprudência, não sem certo vacilo, a decidir que o
art. 39 da Lei n. 8.245/91, que cuida das locações prediais urbanas, quando
impõe a permanência das garantias, salvo disposição em contrário, até a entrega
das chaves, não implica a responsabilidade do fiador pelo tempo de prorrogação
do contrato locatício a que não tiver anuído.
A
disposição em tela, com efeito, ostenta perfeita consonância com a previsão
genérica do CC 116, inserido na Parte Geral, sempre ao pressuposto de que, no
mais das vezes, a fiança se concede gratuitamente, de forma benéfica. De resto
não era diversa a disposição do art. 257 do Código Comercial, quando tratava da
fiança mercantil, em parte hoje revogado pelo Código Civil, donde proveio
regramento unificado para o contrato em questão. É bem de ver, entretanto, tal
qual já se acentuou no comentário ao artigo precedente, que a fiança pode ser
onerosa, muito embora, também nesse caso, sustente, por exemplo, Lauro Laertes
de Oliveira (Da fiança. São Paulo, Saraiva, 1986, p. 24), que se imponha
interpretação restritiva.
Na
verdade, considera-se que a regra da interpretação restritiva não exclui a
concorrência de regras outras de interpretação, como a do CC 113, mas servindo,
aí sim, a impedir a extensão da fiança para dívida novada com novo devedor, ou,
como se viu, para estender a garantia por período suplementar ao contratado,
como também para abarcar o todo do débito só parcialmente garantido. Mas, ao
revés, a imposição de uma interpretação restritiva da fiança não significa a
irresponsabilidade do fiador pelos acessórios da obrigação garantida, consoante
se verá ao exame do CC 822, infra. Ou seja, desde que não limitada, a
fiança abrange os acessórios da dívida e, a partir de quando citado o fiador,
até mesmo os consectários processuais que ocasionalmente se façam sentir na
cobrança de débito afiançado. (Claudio Luiz Bueno de Godoy, apud Código Civil Comentado: Doutrina e Jurisprudência: Lei n.
10.406, de 10.02.2002. Coord. Cezar Peluso – Vários autores. 4ª ed. rev. e
atual., p. 843-44 - Barueri, SP: Manole, 2010. Acesso 27/02/2020. Revista e
atualizada nesta data por VD).
A doutrina de Fiuza mostra que pela sua natureza, depende
da forma escrita, sem exigir, contudo, determinada forma especial para
demonstrar efetivamente prestada a garantia, e o caráter benéfico de que se
reveste a fiança não lhe permite lhe seja dada uma interpretação extensiva
(RI’, 489/240). Sílvio Rodrigues sustenta que o contrato é solene, pela
necessidade de ser escrito (Direito civil: dos contratos e das declarações
unilaterais da vontade, 27.ed., São Paulo, Saraiva, 2000, v. 3, p. 371);
entretanto, segundo Ad Ferreira de Queiroz, “razão não o assiste, porém, porque
não há solenidade alguma, como se exige com o casamento ou com as escrituras
públicas em geral” (Direito civil: direito das obrigações, Goiânia. Ed.
Jurídica. IEPC, 1999, p. 188).
A
jurisprudência uníssona do STJ proclama a interpretação restritiva ao contrato
de fiança. Bastante referir julgado paradigma da lavra do eminente Ministro
Vicente Leal: A jurisprudência assentada nesta Corte construiu o pensamento de
que, devendo ser o contrato de fiança interpretado restritivamente, não se pode
admitir a responsabilização do fiador por encargos locatícios decorrentes de
contrato de locação prorrogado sem a sua anuência, ainda que exista cláusula
estendendo sua obrigação até a entrega das chaves” (STJ, 6’ T., REsp
200;154-MG. DJ de 15-10-2001). No mais, lembre-se, por oportuno, a
Súmula 214 do STJ: “O fiador não responde por obrigações resultantes de aditamento
ao qual não anuiu”. (Direito Civil -
doutrina, Ricardo
Fiuza – p. 430 apud Maria Helena Diniz Código Civil Comentado já impresso pdf 16ª ed., São Paulo, Saraiva, 2.012,
pdf, Microsoft Word. Acesso em
27/02/2020, corrigido e aplicadas as devidas atualizações VD).
Direito.com aponta
que a forma escrita é necessária sob pena de nulidade absoluta. O contrato de
fiança deve ser interpretado restritivamente, mas os acessórios (juros, multas,
despesas judiciais, honorários de advogado) consideram-se incluídos no
principal (CC 822). (Luís Paulo Cotrim Guimarães e Samuel Mezzalira apud Direito.com acesso em
27.02.2020, corrigido e aplicadas as devidas atualizações VD).
Art.
820. Pode-se
estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua
vontade.
Continuando com Claudio Luiz Bueno de Godoy, como já se
acentuou no comentário do CC 818, a fiança encerra contrato que é firmado entre
o fiador e o credor da obrigação afiançada. Ou seja, o devedor dele não é
partícipe e, assim, não precisa anuir à constituição de garantia da dívida que
lhe toca. Isso ainda que, no mais das vezes, o fiador se apresente a seu
pedido. Importa é que sua aquiescência é desnecessária, podendo-se mesmo
consumar a fiança até contra sua vontade, o que agora, em acréscimo ao que
constava do art. 1.484 do CC/1916, se explicita. Isso porquanto, ademais de
estabelecer negócio jurídico bilateral de que não faz parte o devedor, a fiança
se faz a benefício também da garantia do credor, pelo que ao afiançado não é
dado a tanto se opor. Apenas que, aperfeiçoada a fiança sem o seu
consentimento, haverá que discutir se lhe é importa a obrigação de substituição
do fiador, de que cuida o CC 826, e o que lá se apreciará.
Vale,
por fim, a ressalva que faz o Min. José Augusto Delgado quanto à abusividade de
cláusula-fiança que subscreve, aí sim, o próprio devedor, nomeando a
administradora de cartão de crédito para figurar como fiadora na assunção de
financiamentos realizados para cobrir as despesas de uso do cartão, sempre à
consideração de infração ao preceito do art. 39, I, do CDC, e da falta de
informação sobre o exato custo dessa fiança, sempre onerosa (Comentários ao
novo Código Civil, coord. Sálvio de Figueiredo Teixeira. Rio de Janeiro,
Forense, 2004, v. XI, t. II, p. 182). (Claudio Luiz Bueno de Godoy, apud Código Civil Comentado: Doutrina e
Jurisprudência: Lei n. 10.406, de 10.02.2002. Coord. Cezar Peluso – Vários
autores. 4ª ed. rev. e atual., p. 845 - Barueri, SP: Manole, 2010. Acesso
27/02/2020. Revista e atualizada nesta data por VD).
Para Fiuza, o CC/2002, nesse particular, explicita que
pode a fiança ser estipulada ainda que contra a vontade do devedor, referência
inexistente no Código de 1916, que mencionava apenas a possibilidade de estipulação
sem o consentimento daquele.
A
relação jurídico-fidejussória envolve tão-somente o credor da obrigação de
terceiro e aquele que a garante, daí tornando prescindível a intervenção do
obrigado principal afiançado. Essa a razão pela qual não pode ele se opor à
fiança, ou para a sua prestação ser necessário oferecer anuência, podendo, em
consequência, o credor eleger o fiador que o afiançado interfira, porquanto a
estipulação vem ao interesse exclusivo daquele. Forçoso reconhecer, entretanto,
a aplicação residual da norma, sendo certo que, geralmente gratuita a fiança,
em regra é concedida por quem favorece o devedor, atendendo-lhe à necessidade
de ser afiançado, e, de outro modo, é a mais das vezes este obrigado, por lei
ou por acordo das partes, a dar fiador. A fiança onerosa ocorre quando, por
exemplo, nos casos das fianças bancárias, o afiançado oferece ao fiador uma
devida remuneração pela garantia prestada. (Direito
Civil - doutrina, Ricardo
Fiuza – p. 431 apud Maria Helena Diniz Código Civil Comentado já impresso pdf 16ª ed., São Paulo, Saraiva, 2.012,
pdf, Microsoft Word. Acesso em
27/02/2020, corrigido e aplicadas as devidas atualizações VD).
Em Direito.com, são
partes no contrato de fiança o fiador (pessoa capaz) e o credor da obrigação garantida.
A vontade do devedor principal (afiançado) é irrelevante. O contrato pode ser
estabelecido até mesmo contra a vontade do devedor, uma vez que ele não cria
nenhuma interferência na esfera jurídica deste. (Luís Paulo Cotrim
Guimarães e Samuel Mezzalira apud Direito.com acesso
em 27.02.2020, corrigido e aplicadas as devidas atualizações VD).