quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO - MODELO – DA ADVOCACIA CIVIL,TRABALHISTA E CRIMINAL – VARGAS DIGITADOR http://vargasdigitador.blogspot.com.br/



EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO
MODELO – DA ADVOCACIA
CIVIL,TRABALHISTA E CRIMINAL
 – VARGAS DIGITADOR


Exceção de suspeição

O termo suspeição origina-se da palavra suspeitar ou desconfiar. Desta forma, o juiz incorrerá em suspeição sempre que se enquadrar numa situação em que se presume possa, eventualmente vir a favorecer uma das partes do processo.

As situações ou causas de suspeição do juiz, de acordo com o art. 135 do CPC, são as seguintes:

     a)    amizade íntima ou inimizade capital do juiz com qualquer das partes;
    b)    ser alguma das partes credora ou devedora do juiz, do seu cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau;
     c)    ser o juiz herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;
     d)    quando o juiz receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo;
     e)    quando o juiz aconselhar das partes acerca do objeto da causa;
     f)     quando o juiz subministrar meios para atender às despesas do litígio;
   g)    quando o juiz se mostrar interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.

Ocorrendo qualquer das situações acima arroladas, a presunção da lei é no sentido de que o juiz não terá suficiente isenção de ânimo para poder julgar o feito com a imparcialidade que a justiça exige. Por decorrência, cabe à parte que porventura considerar a possibilidade de vir a ser prejudicada na decisão da causa, requerer o afastamento do juiz do processo, através do oferecimento da exceção de suspeição.

Apesar de ambas as situações – a do magistrado que ante às pressões que envolvem o julgamento de uma demanda determinada, se acovarda e se utiliza levianamente do expediente da declaração da suspeição por motivo íntimo e a do juiz que simplesmente julga parcialmente, com ausência de isenção e independência, a demanda em favor daquela parte que se apresenta como “pessoa poderosa do meio”, em face de seu incontestável prestígio e capacidade político-econômica – se constituírem em motivos igualmente ensejadores de veemente repulsa, sem a menor sombra de duvida, numa situação de inexorável opção, deve ser preferível a primeira situação – caracterizadora do juiz covarde – à segunda – evidenciadora da prestação jurisdicional completamente exposta à plena ausência de sua própria legitimidade -, até porque, como já reiteradas vezes registro-se em  trabalhos apresentados, a absoluta isenção, imparcialidade e independência do juiz e do julgamento conduzido pelo mesmo se constituírem em condição sine qua non para efetivo exercício da função judicante. Ademais, é importante ressaltar que o comportamento particular – fraco, covarde e pusilânime – do magistrado (condenável em todas as circunstâncias) pode, no máximo, comprometer o julgamento quanto ao caráter de sua própria pessoa, por parte dos jurisdicionados, ao passo que, com toda a certeza, o julgamento tendencioso, conduzido ao sabor da parcialidade (sobretudo em favor da parte visivelmente mais forte) e da ausência de isenção e independência por parte do julgador pode comprometer seriamente toda a estrutura do Poder Judiciário, sua própria legitimação e, acima de tudo, sua indispensável credibilidade social.

Já prelecionava, a respeito, Mortara que “se os resultados da função jurisdicional não fossem assegurados pela absoluta honestidade, imparcialidade e diligência dos juízes, inútil seria pôr o mais profundo estudo e a mais meditada cautela a serviço de construir com os mais sólidos materiais e segundo as melhores regras de arquitetura, o edifício da hierarquia judiciária” (Des. A. Arinaínan de Loyola Fleury, RT 714/36).



MODELO

Exceção de suspeição



EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ........... VARA CÍVEL





            ................................, brasileiro, casado, do comércio, domiciliado nesta cidade e residente na Rua ......................., nº, por seu procurador firmatário, com instrumento de procuração incluso, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, para, nos autos da ação ...................., que lhe move ................................., brasileiro, casado, marceneiro, domiciliado nesta cidade e residente na Rua ........................., nº ......., apresentar, data venia, EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO deste juízo, pelas razões seguintes:

1.    Conforme se verifica do documento a esta acostado, o autor da referida ação é credor de vossa Excelência da quantia de R$ .................. (.....................).

2.    Tal fato, data venia, torna vossa Excelência suspeito para tomar conhecimento e prosseguir no processamento da ação sub judice.

3.    Assim, com o fim de evitar eventuais constrangimentos, apesar da sua reconhecida integridade e honestidade, visa a presente arguir a suspeição de Vossa Excelência, nos termos do art. 135, II, do CPC.

Em face de todo o exposto espera que, recebida e processada a presente exceção, seja ela julgada procedente para os fins e efeitos de direito.

                                                                                              T. em que
                                                                                         E. deferimento

                                                           ....................., ..... de ....................... de 20.. .

                                                                                  ___________________

                                                                                    Advogado(a)-OAB/...


Processamento da exceção de impedimento e da exceção de suspeição

     1.    Arguição da exceção em petição fundamentada, a qual o excipiente anexará a prova do impedimento u da suspeição do juiz (art. 312);

     2.    Despacho do juiz determinando a autuação e o apensamento da exceção ao processo principal;

     3.    Volta ao juiz dos autos conclusos;

     4.    Despacho do juiz, que adotará uma das seguintes decisões:

a)    reconhece o impedimento ou a suspeição, suspendendo o processo principal, consignando suas razões em 10 dias (juntando provas) e ordenando a remessa dos autos ao Tribunal (art. 313);

b)    não reconhece o impedimento ou a suspeição, suspendendo o processo principal, consignando suas razões em 10 dias (juntando provas) e ordenando a remessa dos autos ao Tribunal (art. 313);

     5.    Se os autos forem remetidos ao tribunal, este poderá adotar uma das seguintes decisões:
      
     a)    Acolhe a exceção, condenando o juiz às custas do processo e determinando a remessa dos autos ao seu substituto legal (art. 314);

       b)    não acolhe a exceção, mandando arquivá-la (art. 314).



    Crédito: WALDEMAR P. DA LUZ – 23. Edição
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO MODELO - DA ADVOCACIA CIVIL,TRABALHISTA E CRIMINAL – VARGAS DIGITADOR http://vargasdigitador.blogspot.com.br/



EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO
MODELO - DA ADVOCACIA
CIVIL,TRABALHISTA E CRIMINAL
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Exceção de impedimento

art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário:

I – de que for parte;
II – em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha;
III – que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou decisão;
IV – quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral, até o segundo grau;
V – quando cônjuge, parente, consanguíneo ou  afim, de alguma das partes, em linha reta ou na colateral, até o terceiro grau;
VI – quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa.

Impedimento é a situação pela qual o juiz da causa não pode exercer suas funções jurisdicionais em razão da sua estreita relação com o objeto da ação.

O art. 134 do CPC enumera as hipóteses que determinam o impedimento do magistrado. Se, ocorrendo qualquer delas, o juiz não se der por impedido, pode a parte oferecer a exceção de impedimento a fim de afastá-lo do processamento da causa. Entende-se que tal providência é necessária para que a justiça seja distribuída completamente despojada de qualquer risco que possa determinar o favorecimento de uma parte, em detrimento da outra.

MODELO

Exceção de impedimento

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR. JUIZ DE DIREITO DA ......... VARA CÍVEL



.............................., brasileiro,casado, odontólogo, RG nº .................., domiciliado nesta cidade e residente na Rua .........................., nº ....., por seu procurador infra-assinado, ut instrumento de procuração anexo, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência para, nos autos da ação ............., que lhe move ............................, brasileiro, casado, comerciante, domiciliado nesta cidade e residente na Rua ............................, nº ......., com fundamento no art. 134 do CPC, arguir, data venia, o IMPEDIMENTO deste juízo, pelos motivos e fundamentos que passa a expor:

1 – Que, perante este juízo, foi proposta e está sendo processada contra o excipiente a presente ação, onde figura, como procurador do autor, o Dr. .............................

2 – Ocorre que, sendo dito procurador seu irmão, o vínculo de parentesco determina o impedimento de Vossa Excelência atuar no processo.

À vista do exposto, espera que, recebida e processada a presente exceção, seja ela julgada procedente para os fins e efeitos de direito.


                                                                                              T. em que
                                                                                              E. deferimento


                                                                       ................, .... de ............... de 20.. .

                                                                                  _________________________
                                                                                              Advogado(a) – OAB/....


Processamento da exceção de impedimento e da exceção de suspeição


     1.    Arguição da exceção em petição fundamentada, a qual o excipiente anexará a prova do impedimento u da suspeição do juiz (art. 312);

    2.    Despacho do juiz determinando a autuação e o apensamento da exceção ao processo principal;

     3.    Volta ao juiz dos autos conclusos;

     4.    Despacho do juiz, que adotará uma das seguintes decisões:

a)    reconhece o impedimento ou a suspeição, suspendendo o processo principal, consignando suas razões em 10 dias (juntando provas) e ordenando a remessa dos autos ao Tribunal (art. 313);

b)    não reconhece o impedimento ou a suspeição, suspendendo o processo principal, consignando suas razões em 10 dias (juntando provas) e ordenando a remessa dos autos ao Tribunal (art. 313);

     5.    Se os autos forem remetidos ao tribunal, este poderá adotar uma das seguintes decisões:

a)    Acolhe a exceção, condenando o juiz às custas do processo e determinando a remessa dos autos ao seu substituto legal (art. 314);


b)    não acolhe a exceção, mandando arquivá-la (art. 314).




    Crédito: WALDEMAR P. DA LUZ – 23. Edição

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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

EXCEÇÕES – A EXCEÇÃO DE COMPETÊNCIA (RELATIVA) – EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA MODELO - DA ADVOCACIA CIVIL, TRABALHISTA E CRIMINAL – VARGAS DIGITADOR http://vargasdigitador.blogspot.com.br/



EXCEÇÕES – A EXCEÇÃO DE COMPETÊNCIA
(RELATIVA) – EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA
MODELO - DA ADVOCACIA CIVIL,
TRABALHISTA E CRIMINAL –
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Exceções

A exceção é uma forma de defesa direta em que o réu, sem negar o fato afirmado pelo autor, alega direito que impeça o juiz de atuar no processo.

Art. 304. É lícito a qualquer das partes arguir, por meio de exceção, a incompetência (art. 112), o impedimento (art. 134) ou a suspeição (art. 135).

Como se pode verificar do artigo supracitado, as exceções constituem-se na incompetência, no impedimento u na suspeição do juiz ao qual está afeto o processo. A arguição, de qualquer delas, visa o afastamento do juiz do processamento e do julgamento do processo, de forma a que o mesmo seja remetido a outro juízo que possua capacidade plena para atuar na relação processual.

Excipiente é a denominação dada à parte que argúi a exceção; exceto é a parte contrária, quando se trata de exceção de incompetência, ou o juiz, nos casos de exceção de impedimento ou de suspeição.

A arguição da exceção, qualquer que seja a sua modalidade, deve ser feita em petição apartada, ser autuada em separado e processada em apenso ao processo principal (art. 299, CPC).

A questão do prazo em que deve ser suscitada a exceção, deve ser analisada sob dois aspectos:

1 – de acordo com o art. 297, “o réu poderá oferecer, no prazo de 15 dias, em petição escrita, dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção”. Este prazo, evidentemente, deverá ser contado a partir da citação do réu e somente a este diz respeito. Entretanto, quanto ao momento em que se verifica a motivação, este difere daquele contemplado pelo art. 305, porquanto, no caso do art. 297, a exceção deverá ser fundada em motivo preexistente, isto é, a incompetência, o impedimento ou a suspeição deverão se verificar no mesmo prazo da contestação.

2 – o art. 305 determina que “este direito pode ser exercido em qualquer tempo, ou grau de jurisdição, cabendo à parte oferecer exceção no prazo de 15 dias, contado do fato que ocasionou a incompetência, o impedimento ou a suspeição”. De tal enunciado pode-se perfeitamente inferir que o direito a suscitar a exceção diz respeito a qualquer das partes, e não somente ao réu, como no caso do art. 297. Outra conclusão é a de que o prazo de 15 dias será contado do fato que ocasionou a exceção, em qualquer tempo, com exclusão da incompetência relativa que deverá ser proposta no prazo de 15 dias após a citação, nos termos do art. 297, sob pena de ser prorrogada a competência.

Portanto, somente na hipótese de ocorrer motivo superveniente ao prazo para contestar poderá ser arguida exceção com fundamento no art. 305.

A exceção de competência (relativa)

A competência relativa é a que se fixa em razão do território (ratione locci) ou do valor da causa (ratione valore). Nestes casos, a competência poderá ser alterada pela vontade das partes (for de eleição), pela conexão ou pela continência de causas.

            Art. 112. Argúi-se, por meio de exceção, a incompetência relativa.

O preceito acima transcrito é restritivo à incompetência relativa, uma vez que, como já abordado na parte referente às preliminares (p. 143), a incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção (art. 113).

Ocorre incompetência em razão do território, quando o foro ou a comarca em que a ação foi proposta não é competente para processá-la e julgá-la. Como já nos referimos à p. 95, o foro de competência pode ser determinado pelo domicílio do réu, em razão da situação da coisa, em razão da pessoa ou em razão dos fatos.

Como exemplo de incompetência territorial, é possível citar a hipótese do marido que propõe ação de divórcio em seu domicílio, quando deveria propô-la no domicílio da sua mulher. Neste caso, o réu (a mulher) poderá arguir a exceção de incompetência (CPC, art. 112) para que o juízo seja modificado e indicado o juízo competente para processar e julgar a ação, o que, no caso, é o juiz da comarca onde ela reside. Caso o réu não o fizer, ocorrerá o que se denomina prorrogação de competência, isto é, o juiz tornar-se-á competente para a causa em razão da concordância tácita do réu.

Releva frisar que, consoante expressa disposição do parágrafo único do art. 305, a petição de exceção de incompetência pode ser protocolizada no juízo de domicílio do réu, com requerimento de sua imediata remessa ao juízo que determinou a citação.

O valor da causa também pode servir de elemento para determinar a competência do juiz. Assevera a antiga Constituição federal (art. 114, § 1º, b) que, os juízes togados com investidura limitada no tempo (em alguns Estados denominados pretores) “terão competência para julgamento de causas de pequeno valor...” Tal dispositivo foi ratificado pelo art. 21 das Disposições transitórias da atual Constituição. Desta forma, verificar-se-á a incompetência em razão do valor da causa (incompetência ratione valore), sempre que um desses juízes for designado para atuar em processo cujo valor da causa é superior ao valor a que possui competência para julgar. Neste caso, cabe à parte suscitar a exceção de incompetência, com o fim de que o processo seja remetido a um juiz de direito com competência para processá-lo e julgá-lo.

A respeito da competência dos pretores em relação ao valor da causa, o Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul estabelece o seguinte:

            Art. 87. A competência dos Pretores limitar-se-á a:

I – processar e julgar as seguintes causas cíveis, de valor não excedente a 50 vezes o salário mínimo, vigente à data de ajuizamento da demanda, ressalvadas as de competência dos Juízes de Direito:

a)    Processos de conhecimento sob rito comum;

b)    Processos de execução por títulos extrajudiciais, previstos no art. 585, I e IV, do CPC;

c)    Ações de despejo de prédios urbanos e rurais e de consignação em pagamento relativas a aluguéis u arrendamentos;

d)    Ações fundadas em contrato de alienação fiduciária;

e)    Processos de execução, processos cautelares e embargos de terceiros relacionados com as ações referidas nos itens anteriores;

II – processar inventários e arrolamentos de qualquer valor e julgar os de valor não superior a mil salários mínimos, sempre ressalvando o exame de disposições testamentárias, questões de estado ou qualquer matéria de alta indagação.

Anote-se, por fim, que a incompetência relativa deve ser arguida pela parte, não podendo ser declarada de ofício, consoante diretriz da súmula 33 do STJ.

Processamento da exceção de incompetência

1 – Argüição da exceção por petição fundamentada, acompanhada das provas da incompetência do juiz;

2– Autuação da petição que será apensada aos autos principais;

3 – Autos conclusos ao juiz;

1      – Verificação, pelo juiz, se o pedido está em ordem. Em caso positivo, suspenderá o curso da ação principal e mandará intimar o exceto para impugnar a exceção em 10 dias; em caso negativo, rejeitará liminarmente a petição, e a causa principal prosseguirá normalmente, mesmo havendo interposição de recurso de agravo de instrumento;

2      – Verificando que há necessidade de prova testemunhal, o juiz designará audiência de instrução e julgamento; concluindo pela desnecessidade da prova testemunhal, decidirá em 10 dias após a oitiva do exceto;

3      – Se a exceção for julgada procedente, os autos do processo principal serão remetidos ao juiz competente, intimando-se o excipiente da decisão, ocasião em que o processo retoma o seu curso normal.

Anote-se, ainda, que, consoante a súmula n. 33 do STJ, “a incompetência relativa não pode ser declarada de ofício”.

MODELO

Exceção de Incompetência

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR. JUIZ DE DIREITO DA .............. VARA CÍVEL



..............................., brasileiro, solteiro, menor, estudante, RG nº .............................., domiciliado nesta cidade e residente na Rua .............................. nº ......., representado por seu pai ........................., brasileiro, casado, industriário, domiciliado em ................. e ................residente na Rua .................... nº ...., por seu procurador firmatário, com instrumento de procuração incluso (Doc. 1), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência para, nos autos da ação que lhe move ..................  , brasileiro, solteiro, corretor de imóveis, domiciliado nesta cidade e residente na Rua ..........................., nº ..., apresentar, data venia, EXCEÇÃO DE COMPETÊNCIA deste juízo, pelas razões seguintes:

1 – Conforme se pode verificar do processo acima referido, o réu, por possuir apenas 15 anos de idade e ser considerado incapaz de ingressar em juízo, está sendo representado por seu progenitor .......................... .

2 – ocorre que a ação sub judice foi proposta no domicílio do réu, quando a lei determina que as ações contra rei incapaz devem ser propostas no domicílio do seu representante legal, nos termos do art. 98 do CPC;

3 – como se pode concluir, data venia, é incompetente este juízo para o julgamento da causa, uma vez que, sendo o réu incapaz e tendo o seu represente legal residência fixada na cidade de ..............., (Doc. 2), cujo foro é, então necessariamente, o competente, nos termos do art. 98 do CPC.

Isto posto, e com fundamento no art. 307 do CPC, confia o excipiente em que a presente exceção será julgada procedente e determinada a remessa dos autos ao juiz competente, da Comarca de ..............., a quem a ação deve ser distribuída, com a condenação do exceto nas custas e nos honorários de advogado do réu.

                                                                                  P, deferimento

                                                           ................., ... de ............... de 20.. .

                                                            ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­___________________________
                                                                       Advogado(a) – OAB/....





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PRAZO PARA CONTESTAR – EXCEÇÕES AO PRAZO – MODELO - DA ADVOCACIA CIVIL,TRABALHISTA E CRIMINAL – VARGAS DIGITADOR http://vargasdigitador.blogspot.com.br/



PRAZO PARA CONTESTAR – EXCEÇÕES
AO PRAZO – MODELO - DA ADVOCACIA
CIVIL,TRABALHISTA E CRIMINAL –
VARGAS DIGITADOR


Prazo para contestar

A partir da data da sua citação, o réu terá 15 dias para contestar a ação ou, em outras palavras, para defender-se das imputações que lhe foram feitas pelo autor na petição inicial.

A partir de que momento inicia a contagem do prazo para o oferecimento da contestação:

a – a partir do momento da juntada, aos autos em cartório, do mandado de citação devidamente cumprido, assinado pelo réu ou pela pessoa com poderes para receber citação) (art. 241, II);

“A juntada do cumprimento do mandado é ato que independe de intimação, sendo desimportante para o início do prazo da contestação a ciência da parte quanto a esse ato em particular e, por conseguinte, não constituindo justa causa eventual informação equivocada” (STJ – 4ª Turma, REsp 538.642, rel. Min. Cesar Rocha, j. 9.9.03, não conheceram, v. u. DJU 28.10.03, p. 294).

b – a partir da data da certificação nos autos, quando a citação é feita pelo escrivão em cartório;

c – a partir da juntada, aos autos, do mandado de citação devidamente cumprido quando a citação é feita por meio de carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória (art. 241, IV);

d – a partir da data da juntada, aos autos, do aviso de recebimento (AR), quando a citação é feita pelo correio (art. 241, I);

e – a partir da data da juntada, aos autos, do último mandado devidamente cumprido, quando houver vários réus (art. 241, III);

f – a partir do término da dilação (prazo) determinado pelo juiz, quando a citação for por edital na imprensa (art. 241, V): Exemplo: se o prazo dado pelo juiz, nos termos do art. 232, IV, é de 20 dias, após o término deste prazo é que deverá ser iniciada a contagem do prazo de 15 dias para a contestação.

Exceções ao prazo de 15 dias

Para certos procedimentos ditos especiais, o CPC determina prazo inferior a 15 dias para o réu oferecer contestação: 10 dias para a ação de consignação em pagamento (art. 896 e ação de anulação e substituição de títulos ao portador (art. 912); 5 dias para a ação de depósito (art. 902) e ação de prestação de contas (art. 915). Por outro lado, será contado em dobro o prazo para contestar as ações que tiverem mais de um réu, desde que os réus não tenham constituído o mesmo advogado (art. 191). Assim, embora o prazo seja comum aos diversos réus, o prazo total será de 30 dias (15 dias + 15 dias) para as ações em geral, 20 dias (10 dias + 10 dias) para contestar a ação de consignação em pagamento e a ação de anulação e substituição de títulos ao portador e de 10 dias (5 dias + 5 dias) para contestar a ação de depósito e ação de prestação de contas.

A título de modelo, apresenta-se, a seguir, contestação à Ação de Despejo por falta de pagamento proposta nos termos de petição inicial.

MODELO

Indicação do juiz                 EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA .... VARA CÍVEL
a que se dirige;                   COMARCA DE .......................
                                            AÇÃO DE DESPEJO
                                            PROCESSO Nº ......................

 


DUÍLIO MACHADO, JÁ QUALIFICADO NA AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO QUE LHE MOVE CARLOS PONTES, VEM,
Nome, qualificação e        PERANTE VOSSA EXCELÊNCIA, POR SEU PROCURADOR,     
endereço do autor e          INFRA-ASSINADO (DOC. 1), OFERECER CONTESTAÇÃO AOS
do réu;                    TERMOS DA REFERIDA AÇÃO, FACE AOS SEGUINTES FATOS E FUNDAMENTOS:

 


1.  NA PRESENTE AÇÃO PRETENDE O AUTOR O DESPEJO DO RÉU,SOB A ALEGAÇÃO DE QUE ESTE NÃO PAGA OS
Apresentação de                            ALUGUÉIS DO IMÓVEL DE SUA PROPRIEDADE DESDE A
Preliminares                                   DATA DE ..................................;

2.     TODAVIA,

PRELIMINARMENTE,

VERIFICA-SE QUE A CITAÇÃO DE FLS ....... É NULA DE PLENO DIREITO, UMA VEZ QUE DO MANDADO NÃO CONSTA A ADVERTÊNCIA DO ART. 285, SEGUNDA PARTE, DO CPC, COMO TAMBÉM NÃO CONSTA O PRAZO PARA A DEFESA DO RÉU EXIGIDO PELO ART. 225 DO CPC;

3.  POR ESSA RAZÃO, DEVE SER DECLARADA A NULIDADE DO PROCESSO, COM A CONSEQUENTE CONDENAÇÃO DO AUTOR NAS CUSTAS E HONORÁRIOS DE ADVOGADO DO RÉU;

NO MÉRITO

4.   NO MÉRITO, A AÇÃO É IMPROCEDENTE, EIS QUE TOTALMENTE INVERÍDICAS AS ALEGAÇÕES DO AUTOR DE QUE OS ALUGUÉIS DOS MESES DE ............ A ........., ENCONTRAM-SE SEM PAGAMENTO POIS, CONFORME FAZ PROVA COM OS RECIBOS DE PAGAMENTO POIS, CONFORME  FAZ PROVA COM OS RECIBOS DE PAGAMENTOS INCLUSOS (DOC. 2, 3 e 4), TAIS ALUGUÉIS FORAM PAGOS PELO RÉU NA DATA EXIGIDA PELO CONTRATO, ESTANDO, PORTANTO, O RÉU, TOTALMENTE EM DIA COM SUAS OBRIGAÇÕES LOCATÍCIAS.



Pedido de improcedência
da ação                                         EM FACE DO EXPOSTO, DEVERÁ A PRESENTE       CONTESTAÇÃO SER RECEBIDA E, AO FINAL, SER JULGADA IMPROCEDENTE A AÇÃO, COM A CONDENAÇÃO DO AUTOR NAS CUSTAS E HONORÁRIOS DE ADVOGADO DO RÉU.




                                                                                  P. deferimento

                                                           ........................., ..... de ..................... de 20.. .


                                                                       ____________________________
                                                                                  Advogado(a) – OAB/....







    Crédito: WALDEMAR P. DA LUZ – 23. Edição

    CONCEITO – Distribuidora, Editora e Livraria