SEÇÃO IV
DAS PRÁTICAS ABUSIVAS
ART. 39 A 41
DAS PRÁTICAS COMERCIAIS
LEI N.8.078/90
DOS DIREITOS DO
CONSUMIDOR
VARGAS DIGITADOR
Art.
39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços:
I
– condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro
produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
II
– recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas
disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;
III
– enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto,
ou fornecer qualquer serviço;
IV
– prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua
idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos
ou serviços.
V
– exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
VI
– executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa
do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as
partes;
VII
– repassar informação depreciativa referente a ato praticado pelo consumidor no
exercício de seus direitos;
VIII
– colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com
as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se Normas específicas
não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade
credenciada pelo Conselho nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial – CONMETRO;
IX
– deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a
fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério;
X
– (Vetado)
·
Redação
do texto vetado: “praticar outras condutas abusivas”.
Parágrafo
único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao
consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis,
inexistindo obrigação de pagamento.
Art.
40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento
prévio, discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a
serem empregados, das condições de pagamento, bem como, das datas de início e
término dos serviços.
§
1º. Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de
dez dias, contado de seu recebimento pelo consumidor.
§
2º. Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os contraentes e
somente pode ser alterado mediante livre negociação das partes.
§
3º. O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes da
contratação de serviços de terceiros, não previstos no orçamento prévio.
Art.
41. No caso de fornecimento de produtos ou de serviços sujeitos ao regime de controle
ou de tabelamento de preços, os fornecedores deverão respeitar os limites
oficiais sob pena de, não o fazendo, responderem pela restituição da quantia
recebida em excesso, monetariamente atualizada, podendo o consumidor exigir, à
sua escolha, o desfazimento do negócio, sem prejuízo de outras sanções
cabíveis.